01/12/2004 - 8:00
Como aproveitar a queda do dólar diante do real? Um bom caminho é o mercado de ações no exterior. A maior parte das aplicações é posta em ADRs (American Depositary Receipt), como são chamados os papéis de empresas nacionais listados na Bolsa de Valores de Nova York. Títulos de dívida são outra aplicação cobiçada por investidores locais, especialmente os papéis de dívida de empresas.
Mas atenção. Apesar do grande volume de capital movimentado, as aplicações no exterior não são recomendadas para todo tipo de investidor e têm o momento certo. ?Numa operação que visa aproveitar a queda do dólar, a movimentação tem de ser muito rápida?, diz Reinaldo Zakalski, consultor da Boutique de Investimentos Asset Management (Biam). ?Depois que todo o mercado já assimilou a queda, as
chances de conseguir um bom ganho reduzem muito.? Além disso, operações desse tipo só costumam ser proveitosas para quem movimenta grandes quantias. ?Em geral, só haverá lucro se o volume de recursos chegar pelo menos a US$ 1 milhão?, diz Zakalski. Isso porque as taxas pagas podem anular os ganhos obtidos com a desvalorização.
Entenda: para aplicar em outros países, o investidor transfere os recursos para a conta do banco, que irá converter os reais em dólares. Nessa conversão, haverá a taxa de câmbio do banco e CPMF. Em seguida, o dinheiro é transferido para a conta corrente no exterior. Lá, a instituição escolherá o portfólio e fará a alocação do capital. Nessa operação, haverá também taxa de corretagem mais tarifas de custódia. Para enviar o dinheiro de volta, a taxa é de US$ 35 mais a taxa de conversão dos dólares em real e nova CPMF. Ao todo, os custos podem chegar a 2% do montante movimentado.
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LÁ FORA | |
Capital brasileiro no | |
2001 | 68,59 |
2002 | 72,32 |
2003 | 82,69 |