A caderneta de poupança registrou a primeira entrada líquida de recursos de 2023 em junho. Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC) mostram que as aplicações superaram as retiradas em R$ 2,595 bilhões em junho. Em maio, a perda foi recorde para o período, de R$ 11,747 bilhões. Já em junho de 2022, houve saída de R$ 3,755 bilhões.

No mês passado, foram aplicados na poupança R$ 331,864 bilhões, enquanto R$ 329,269 bilhões foram sacados pelos brasileiros. Só no dia 30, o saldo foi positivo em R$ 9,005 bilhões, o que inverteu a tendência negativa do mês. Considerando o rendimento de R$ 6,278 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 970,362 bilhões ao final do mês.

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Os resultados de junho deveriam ter sido publicados ontem, mas houve atraso devido à operação-padrão dos funcionários do BC. Não houve atualização da série histórica nem do saldo acumulado no ano da poupança. Conforme os dados de maio, os saques somavam R$ 69,231 bilhões. Em 2022, a captação líquida foi negativa em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança, cuja série foi iniciada em 1995.

Atualmente, com a taxa Selic a 13,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), hoje em 0,2176% ao mês (2,64% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita pela TR mais 70% da taxa básica de juros.