O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) na noite de quarta-feira, 13, que o conselho da estatal ter sido “orientado” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é uma “intervenção indevida”.

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O executivo afirmou que a decisão do Conselho de Administração da empresa de reter o pagamento de R$ 43,9 bilhões em dividendos (fatia do lucro compartilhada com acionistas) extraordinários foi tomada com base na orientação do presidente e de seus auxiliares diretos, que são os ministros.

Prates destacou que a prática é válida, pois se trata de uma empresa de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro. “Isso não pode ser apontado como intervenção! É o exercício soberano dos representantes do controle da empresa”, completou.

Para o executivo, falar em “intervenção na Petrobras” é uma maneira de tentar criar “dissidências, especulação e desinformação”. Ele ressaltou que agora é preciso voltar ao trabalho para executar “o Plano de Investimentos de meio trilhão de reais que temos pelos próximos cinco anos”.

O conselho da Petrobras possui 11 vagas, das quais seis são ocupadas por indicados pela União. O presidente Lula tem cobrado que a empresa amplie os investimentos. Nesta semana, inclusive, ele chegou a citar diretamente a aplicação de recursos em sondas, navios e o investimento em pesquisa como alternativas para a empresa utilizar recursos.