(Reuters) – O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira que caberá ao futuro presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicar os nomes que ocuparão cargos na estatal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, tanto a petroleira quanto outras estatais, como os bancos públicos, não estão no rol das negociações políticas.

Em entrevista à GloboNews, Padilha disse, ao mesmo tempo, que eventualmente partidos podem indicar nomes para a Petrobras e outras estatais, mas que eles teriam que ser bem avaliados pelos indicados por Lula para presidir essas empresas.

“A pessoa indicada como presidente (da Petrobras), o senador Jean Paul (Prates), conhece profundamente o tema do petróleo, do gás. Antes mesmo de ser senador militava neste segmento, e ele vai apresentar nomes ao presidente Lula, ao conjunto da coordenação de governo”, disse Padilha.

“Mas não são instituições que estão em negociação, assim como a Caixa, os bancos públicos não são instituições que estão em negociação. Eventualmente, os partidos políticos ou outros segmentos políticos podem indicar quadros que sejam interessantes, bem avaliados por aqueles que vão presidir e podem compor”, acrescentou.

O titular da pasta de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, também negou que o PT esteja em busca de patrocinar um candidato para concorrer contra o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em sua tentativa de reeleição ao posto em fevereiro.

“Em relação à Câmara, o PT, que é o partido do presidente Lula, já declarou apoio ao Lira e cumpre a palavra. Não existe qualquer dúvida. Alguém que queira alimentar qualquer dúvida em relação a isso vai dar com os burros n’água”, assegurou.

(Por Eduardo Simões)

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