31/08/2021 - 21:47
A prática regular de atividade física traz vários benefícios para a saúde, inclusive podendo retardar o progresso do Mal de Alzheimer, alterando a forma como o cérebro armazena ferro, afirma o estudo publicado dia 13 de agosto no periódico científico International Journal of Molecular Sciences.
Como explica o site americano de notícias médicas Medical News Today, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e causa degeneração de partes do cérebro responsáveis pelo pensamento, pela memória e pela linguagem.
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Na maioria das vezes, a doença está associada à idade e a fatores genéticos, mas o estilo de vida, como sedentarismo e dieta pouco saudável, desempenham papéis importantes.
No entanto, exatamente como a atividade física protege o cérebro contra os efeitos do Alzheimer ainda não era conhecida, diz o site. Uma pista é que tanto o processo natural de envelhecimento quanto a demência estão associados a mudanças na maneira como o cérebro lida com o ferro.
O acúmulo do nutriente no cérebro e as mudanças em seu metabolismo levam à formação de placas de uma proteína tóxica chamada beta-amiloide, que caracteriza a demência.
O exercício regular pode melhorar o metabolismo do ferro e prevenir o acúmulo dessa proteína no cérebro, explica o Medical News Today.
Entendendo o estudo
Na pesquisa recém-publicada, os cientistas compararam camundongos geneticamente predispostos a desenvolver Alzheimer com cobaias comuns ou “selvagens”.
Metade dos ratos teve livre acesso a uma roda de exercício em suas gaiolas, enquanto os outros levaram uma vida mais sedentária.
Após seis meses, os pesquisadores mediram os níveis de ferro e as proteínas essenciais para sua metabolização no cérebro e nos músculos das cobaias.
De acordo com o Medical News Today, o estudo descobriu que a prática regular de exercícios altera o metabolismo e o transporte de ferro no cérebro e aumenta sua disponibilidade nos músculos.
A prática de atividade física fez com que os camundongos apresentassem níveis reduzidos das proteínas que promovem o armazenamento de ferro no cérebro. Com isso, houve redução na quantidade de beta-amiloide no cérebro dos ratos que estavam predispostos a desenvolver Alzheimer.
Claro que são necessários novos estudos para entender se o efeito dos exercícios no metabolismo de ferro no cérebro também é válido nos humanos.