Destaque no pregão

A Cosan lucrou R$ 93,8 milhões no terceiro trimestre do ano-safra 2011/2012, encerrado em dezembro. O resultado é 142% superior ao do ano anterior. “Os resultados refletem as sinergias com a formação da Raízen”, diz Marcelo Martins, diretor de relações com investidores. O mercado considerou o resultado regular porque o desempenho foi beneficiado pela alta de preços do açúcar, que compensou a queda das vendas. O Ebitda caiu 7% em relação ao ano anterior. A margem Ebitda recuou para 7,8%.

 

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Palavra de analista: nos próximos trimestres, a companhia deve continuar capturando sinergias, principalmente nas operações da Raízen, prevê o banco Fator em relatório.  O banco recomenda manter as ações da Cosan, com preço-alvo de R$ 34 para dezembro. 

 

 

 

 

Papéis avulsos


Escalada nos custos da Cielo

 

A Cielo obteve um lucro líquido de R$ 1,8 bilhão em 2011, queda de 1% perante 2010. Boa parte desse montante chegou no fim do ano, pois, no quarto trimestre de 2011, a companhia lucrou R$ 504,5 milhões, uma alta de 13,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume de transações cresceu 22%, mas, para os analistas, o custo desse crescimento não compensou. As despesas de marketing e de vendas aumentaram 114%. “A Cielo obteve um sólido crescimento em volume e em transações, mas não estamos satisfeitos com o aumento excepcional das despesas, que prejudicou as margens”, diz Raquel Varela, do banco Fator. Segundo Rômulo Dias, presidente da Cielo, os investimentos vão render nos próximos trimestres.

 

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Rômulo Dias, presidente: despesas em alta.

 

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Destaque no gramado


“Índice Neymar” ganha de goleada

 

O brilho de Neymar em 2011 foi além dos gramados. Um estudo a ser divulgado pela revista RI mostra que o craque também mandou bem no pregão. O “índice Neymar”, calculado a partir das ações das empresas que patrocinam o jogador, goleou com uma rentabilidade de 9,4% em dólar, ante um ganho de 5,5% do Dow Jones e de uma queda de 27,3% do Ibovespa. 

A carteira é formada por sete ações. Quatro delas são brasileiras: Ambev, Marfrig, Santander e CSU. As outras três são internacionais: Nike, Unilever e Panasonic.

 

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Quem vem lá…


Vigor de volta à bolsa

 

Para fazer frente a empresas como Nestlé e Brasil Foods, o frigorífico JBS informou na quinta-feira 9 que vai ressuscitar as ações da Vigor, adquirida em 2009. Naquele ano, as ações saíram da bolsa. Agora, a JBS quer que o mercado enxergue mais valor na Vigor. Para isso, ela terá executivos próprios e um Conselho independente. 

 

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Fique de Olho: Apesar do bom desempenho antes do fechamento do capital, as ações da Vigor sempre foram pouco negociadas. 

 

 

 

 

… e quem desistiu de vir


Brazil Travel cancela a viagem

 

A operadora de turismo Brazil Travel anunciou na quinta-feira 9 que não vai mais abrir capital. Os grandes investidores que pretendiam comprar ações mudaram de ideia e o IPO fracassou.

 

 

 

 

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Touro x Urso

 

A segunda semana de fevereiro foi marcada por uma queda de braço entre os touros e os ursos para tentar romper a resistência de 66.000 pontos do Ibovespa, o que acabou não ocorrendo. Na quinta-feira 9, o indicador encerrou a 65.530 pontos, leve queda de 0,5%. Mesmo assim, o Ibovespa acumula uma alta de 3,9% no mês. As perspectivas são de novas altas devido à vinda de recursos externos e aos bons balanços das empresas. 

 

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Mercado em números


PETROBRAS

R$ 33,3 bilhões – Foi o lucro líquido da Petrobras em 2011, valor 5,3% inferior ao resultado de 2010. No quarto trimestre, o lucro líquido chegou a R$ 5 bilhões, em queda de 52% sobre igual período do ano anterior. 

 

BM&FBovespa

R$ 132,26 bilhões - Foi o volume financeiro movimentado pela bolsa em janeiro. A média diária alcançou R$ 6,29 bilhões. 

 

CTEEP

R$ 1,6 bilhão - Será o valor investido pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista nos próximos três anos para manter e ampliar o sistema de energia do Estado de São Paulo.  

 

Localiza

R$ 772,7 milhões - Foi a receita líquida da locadora de automóveis no ano passado. O resultado é 7% maior que o registrado em 2010.

 

Marcopolo 

R$ 110 milhões - É quanto a montadora gaúcha  vai investir, em parceria com a Caio Induscar, para construir uma linha de produção de peças para carrocerias de ônibus em Joinville (SC). 

 

 

 

 

Pelo mundo


Lucro da Coca-Cola cai 27% 

 

O lucro da Coca-Cola recuou 27% em 2011, para US$ 8,57 bilhões. A queda no quarto trimestre foi de 71%. A causa foram os custos de reestruturação após a compra da engarrafadora Coca-Cola Enterprises, nos EUA, em 2010. Apesar do resultado, as ações da Coca- Cola subiram 1% na terça-feira 7, dia do anúncio dos números. 

 

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Citi vai emitir cartões na China

 

O Citigroup recebeu autorização para emitir cartões de crédito na China. Até o fim de 2011, o Citi tinha cerca de 16 milhões de cartões na Ásia. As ações do banco fecharam em baixa de 0,15% na segunda-feira 6, dia da divulgação da autorização.  

 

 

 

Nestlé quer Findus 

 

A Nestlé está negociando a compra das operações de congelados da britânica Findus nos países nórdicos. O acordo está sendo avaliado em torno de  € 800 milhões. Na segunda-feira 6, data do anúncio, as ações da Nestlé ficaram estáveis em 53,10 francos suíços.

 

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Personagem


Lucro da Santos Brasil cresce 120%

 

O crescimento de 26,8% nas exportações do País no ano passado e de 24,5% nas importações foi comemorado pela operadora de contêineres Santos Brasil. Com operações nos portos de Santos (SP), de Imbituba (SC) e do Conde (PA), a empresa atingiu resultados expressivos: avanço de 120% no lucro líquido, de 30% no faturamento e de 47,3% no Ebitda. Marcos Tourinho, diretor de relações com investidores da empresa, conversou com a DINHEIRO sobre as conquistas.

 

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Marcos Tourinho, diretor de RI: ganhos com a dragagem de Santos.

 

O lucro subiu só pelo aumento nas cargas?

Não. O volume de contêineres cresceu quase 7% em 2011, o dobro do PIB, mas não foi a única causa. Elevamos a produtividade de 54 para 80 contêineres por hora por navio, graças a investimentos em equipamentos, softwares de operação e no treinamento de pessoal. A dragagem do Porto de Santos também ajudou.

 

A dragagem reduziu os gargalos?

Sim, porque não temos problemas de escoamento de caminhões, como ocorre nos terminais de grãos. A pequena profundidade do canal de navegação não permitia a entrada de navios de grande calado e nos impedia de crescer. Isso foi resolvido em 2011 e aumentou nossa receita, que é 75%, proveniente do terminal de contêineres de Santos. 

 

Acabou a construção do terminal em Imbituba. Qual a expectativa?

Os investimentos de R$ 500 milhões terminaram no fim do ano passado e agora vamos colher os frutos. Esperamos movimentar 55 contêineres por hora por navio, enquanto a média nacional é de 33. Mas não chegará nem aos pés da importância de Santos.

 

Quais as metas para 2012?

Vamos investir R$ 80 milhões. O volume de contêineres movimentados deve crescer 10%, para até 1,73 milhão de contêineres de 20 pés equivalentes (TEU) e o Ebitda deve aumentar 16% para R$ 550 milhões, representando uma margem entre 41% e 43%, ante 40% do ano passado. Todos esses números são conservadores. 

 

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 Colaboraram:  Fernanda Pressinott e Fernando Teixeira