Segundo um levantamento da startup imobiliária Loft, o preço do condomínio subiu, em média, 3,9% em São Paulo (SP) no primeiro mês de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. A capital paulista tem a taxa mais cara entre as cidades avaliadas das regiões Sul e Sudeste do País, com custo médio de R$ 11,71 por metro quadrado.

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Em Florianópolis, cidade com a maior alta acumulada, a taxa mensal ficou 11,8% mais cara em janeiro deste ano, na comparação com janeiro de 2023. Além da capital de Santa Catarina, outras duas registraram aumento acima da inflação de 2023, que fechou o ano passado em 4,62%. São elas: Belo Horizonte (6,8%) e Rio de Janeiro (5%).

Confira o ranking:

  • Florianópolis: alta de 11,8%;
  • Belo Horizonte: alta de 6,8%;
  • Rio de Janeiro: alta de 5%;
  • São Paulo: alta de 3,9%;
  • Porto Alegre: alta de 3,3%.

O gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, explica que o aumento de dois dígitos em Florianópolis, considerado expressivo, pode ser explicado, em parte, pela forte valorização do metro quadrado na capital no período analisado.

“Florianópolis é uma das cidades que têm liderado a valorização imobiliária no país. Nos últimos anos, a capital catarinense viveu um boom de empreendimentos de luxo, com diferenciais de conforto, tecnologia e sustentabilidade. Quando há uma demanda maior por serviços de qualidade e comodidades que antes não eram ofertadas, é esperado que haja um encarecimento da taxa de condomínio”, afirma o especialista em dados. 

No último mês, o preço médio da taxa por metro quadrado na cidade era de R$ 7,78, o que significa um valor médio na casa dos R$ 778 para um apartamento de 100 m². Em bairros como Praia Brava, no entanto, a cobrança ultrapassa facilmente os R$ 11 por metro quadrado.

Por outro lado, é Porto Alegre, também na região Sul, quem ocupa a outra ponta da tabela, com a menor alta (3,3%). Na capital gaúcha, em janeiro, o preço médio da taxa por metro quadrado era de R$ 6,46.

“Porto Alegre vive um cenário oposto ao de Florianópolis. O preço médio dos condomínios se manteve praticamente estável na cidade ao longo de 2023. Entre janeiro e agosto do último ano, a taxa chegou a cair 0,3%. Esse momento de estagnação temos visto tanto nos preços dos imóveis à venda quanto na taxa de condomínio, sendo um bom momento para quem pretende adquirir um imóvel na capital gaúcha”, afirma Takahashi.

No Sudeste, os destaques são a alta acima da inflação em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro e a “lanterna” de São Paulo entre as capitais da região.

“Em Belo Horizonte, assim como Florianópolis, os imóveis vêm valorizando fortemente, o que puxa também a taxa de condomínio. A diferença é que na capital mineira os valores médios ainda são mais baixos, parecendo haver espaço para valorização. Em São Paulo, por outro lado, os valores já eram mais altos e parece haver menos espaço para reajustes”, complementa.

Ranking do preço do condomínio por bairros

Se entre as capitais São Paulo tem a maior taxa de condomínio por metro quadrado (R$ 11,71, em média, em janeiro de 2024), na comparação por bairro, o campeão é o Leblon, no Rio de Janeiro.

No bairro da Zona Sul carioca a cobrança mensal ficou em R$ 16,18 por metro quadrado, à frente de endereços conhecidos da capital paulista, como Vila Olímpia (R$ 15,60) e Vila Nova Conceição (R$ 15,59).

Veja a tabela abaixo com os dez bairros brasileiros com o preço do condomínio mais caro. Das dez localidades, sete ficam na capital paulista.

BairroCidadeTaxa do condomínio/m2Variação % jan23-jan24
LeblonRio de JaneiroR$ 16.184.8%
Jardim AméricaSão PauloR$ 15.649%
Vila OlímpiaSão PauloR$ 15.638%
Vila Nova ConceiçãoSão PauloR$ 15.59-6%
IpanemaRio de JaneiroR$ 15.535.4%
Itaim BibiSão PauloR$ 15.381%
Moema PássarosSão PauloR$ 15.194%
Jardim PaulistanoSão PauloR$ 15.064%
Barra da TijucaRio de JaneiroR$ 15.025,1%
Moema ÍndiosSão PauloR$ 14.845%