Os contratos futuros de petróleo fecharam no menor patamar em seis semanas esta quinta-feira, 12, influenciados pela elevação dos estoques nos Estados Unidos.

Dados divulgados ontem pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE) mostraram uma elevação de 2,322 milhões de barris na semana passada, o que fez os estoques de Cushing ultrapassarem a marca dos 50 milhões de barris.

A notícia pesou sobre os investidores, que passaram a temer que os reservatórios de Cushing atinjam capacidade máxima.

“O mercado está assustado com essa perspectiva”, disse Chip Hodge, diretor do John Hancokck Financial Services. “Acredito que isso continuará a ter efeito negativo sobre os preços no curto prazo.”

Segundo o DoE, a capacidade total dos reservatórios de Cushing é de 70,8 milhões de barris. Alguns analistas, entretanto, afirmam que a capacidade é menor.

Nos últimos dias, investidores também têm notado o aumento da diferença entre o preço do barril negociado em Nova York e o Brent negociado em Londres. A diferença entre os dois contratos para abril foi para US$ 10,03 na sessão de hoje, a maior desde 6 de março.

Segundo a Vitol Group, a diferença se explica pela perspectiva de recuperação econômica nos Estados Unidos, em contraste com o ambiente europeu. Eles acreditam que isso deverá levar a uma melhora na demanda de curto prazo do petróleo nos EUA. No entanto, “riscos geopolíticos continuam a circundar a produção e a demanda em muitas regiões”, alerta a corretora.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para abril fechou em queda de 2,32% (US$ 1,12), para US$ 47,05 por barril, o menor patamar desde 29 de janeiro. Já na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o petróleo Brent para o mesmo mês recuou 0,80% (US$ 0,46), para US$ 57,08por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.