Fontes do governo americano afirmaram que regime de Teerã prepara ataque com mísseis balísticos, em meio à escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah. Um funcionário de alto escalão do governo dos Estados Unidos advertiu nesta terça-feira, 1º, que o Irã está preparando um ataque iminente com mísseis balísticos contra Israel.

+ Moove, da Cosan, lança IPO nos EUA e mira avaliação de mais de R$ 10 bilhões

“Os Estados Unidos estão apoiando os preparativos de defesa” para este ataque iminente, declarou a fonte. Da mesma forma, esse funcionário da Casa Branca alertou o Irã sobre “sérias consequências” se o ataque prosseguir.

A notícia fez os preços do petróleo subissem até cerca de 4% nesta terça-feira. No começo desta tarde, houve um leve recuo. Por volta das 12h, o WTI para novembro, negociado na bolsa de Nova York, avançava 3,95%, enquanto o Brent para dezembro, negociado em Londres, subia 3,7%.

No Ibovespa, ações ligadas à commodity, tinham alta, com destaque à elevação de até 2% nos papéis da Petrobras.

Na análise da MoneyYou, apesar da atual reação do petróleo em meio ao possível conflito entre Israel e Líbano, há limitações no impacto no preço da commodity, ao menos enquanto o conflito permanecer geograficamente limitado.

A consultoria aponta que o Líbano é o 64º consumidor mundial, e sem produzir a commodity, sendo totalmente dependente das importações. Já Israel é o 51º em consumo e 95º em produção, importando 94% da sua demanda interna. E o Irã é o 7º produtor mundial, com a 4ª maior reserva, porém está sob sanção de diversos países e assim como a Rússia, opera em partes no mercado negro.

“O atual movimento de alta parece mais uma oportunidade de entrada após o barril atingir o pior preço em 18 meses, do que se sustentar em fundamentos de restrição de oferta. A oferta cresceu mais fortemente nos últimos meses. O dólar forte também atinge o preço e o retorno pós pandêmico teve impacto limitado no consumo. Trades especulativos também tem impactado os preços.”

Este seria o primeiro ataque direto do Irã contra Israel desde abril, quando Teerã atacou duas bases aéreas israelenses com mísseis e drones e atingiu partes das Colinas de Golã ocupadas.

Naquela ocasião, a maioria das armas lançadas pelo Irã foram interceptadas por Israel, pelos Estados Unidos ou por países árabes da região, como a Jordânia.