01/05/2024 - 21:40
As cotações do petróleo passaram a quarta-feira (1º) em campo negativo, mas a tendência se aprofundou após a publicação do relatório semanal de reservas de petróleo nos Estados Unidos, e o hidrocarboneto caiu para seu nível mais baixo em um mês e meio.
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O barril Brent do Mar do Norte, negociado em Londres para entrega em julho, afundou 3,34%, para US$ 83,44. Já West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano e com vencimento para junho, recuou 3,57%, para US$ 79.
O relatório da Agência de Informação sobre Energia (EIA) dos Estados Unidos deu conta de um aumento de 7,3 milhões de barris (mb) nas reservas comerciais de petróleo, quando as previsões dos analistas apontavam um aumento de 2,5 mb na semana terminada em 26 de abril. Trata-se do 11º aumento em 14 semanas.
Os operadores tomaram nota da queda no uso de capacidade instalada nas refinarias, a 87,5% contra 88,5% uma semana antes, a um mês da temporada de viagens em automóvel nos Estados Unidos.
Além disso, as exportações caíram 24% em uma semana e os volumes de gasolina entregues ao mercado são inferiores à média dos últimos cinco anos nesta época, excetuando 2020, o ano da pandemia de covid-19.
Stephen Schork, do Schork Group, destacou a queda das margens das refinarias.
O analista também mencionou uma diferença menor entre os preços para o contrato de referência e o contrato futuro seguinte, “um sinal de que a oferta supera a demanda neste momento”, explicou.
A tudo isso se soma “a esperança de um cessar-fogo no Oriente Médio”, acrescentou Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown.