A queda de 5,32% nos preços das passagens aéreas ajudou a impedir uma alta ainda mais acentuada no gasto das famílias com transportes em março, que já estava sob pressão do encarecimento da gasolina. O grupo Transportes passou de uma alta de 0,08% em fevereiro para uma elevação de 1,50% em março, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo foi responsável por 0,30 ponto porcentual para a formação da taxa de 0,69% registrada pelo IPCA-15 neste mês.

Os combustíveis ficaram 4,67% mais caros em março. A gasolina teve um aumento de 5,76%, item de maior impacto individual no IPCA-15, 0,26 ponto porcentual. O etanol ficou 1,96% mais caro. Já o óleo diesel diminuiu 4,86%, e o gás veicular caiu 2,62%.

Os transportes por aplicativo tiveram uma alta de 9,02% em março. O ônibus urbano subiu 0,21%, devido ao reajuste de 9,09% nas passagens em Curitiba a partir de 1º de março. Os ônibus intermunicipais aumentaram 0,88%, como reflexo do reajuste médio de 11,80% nas passagens do Rio de Janeiro a partir de 18 de fevereiro.

O trem saltou 17,34% em março, impulsionado pelo reajuste de 48% na tarifa do Rio de Janeiro a partir de 9 de fevereiro.

O táxi aumentou 1,04%, devido ao reajuste de 11,54% nos preços em Belo Horizonte desde 13 de fevereiro.

O pedágio subiu 0,56%, em consequência de reajustes em praças de Porto Alegre e Curitiba.