06/08/2019 - 16:56
A Prefeitura de Paris tentou nesta terça-feira dissipar o temor de uma contaminação pelo chumbo dispersado durante o incêndio da catedral de Notre-Dame, negando a possibilidade de isolar o local, como exige um coletivo de associações e sindicatos.
Com o incêndio de 15 de abril, centenas de toneladas de chumbo presentes na agulha e no telhado se fundiram e se dispersaram em forma de partículas.
“Todos os exames que realizamos em um raio de 500 metros em torno da Notre-Dame deram negativo, ou seja, não há nenhum perigo”, assegurou nesta terça-feira Emmanuel Grégoire, primeiro adjunto da Prefeitura de Paris.
Na segunda-feira à noite, a cidade publicou resultados de novos exames e centros de saúde das imediações, que indicavam uma média menor a 70 microgramas de chumbo por metro quadrado.
As autoridades sanitárias aconselham que as pessoas expostas a mais de 70 microgramas, um nível ultrapassado em parte do centro de Paris após o incêndio, se submetam a exames de sangue.
Entretanto, foram detectados níveis de chumbo superiores a 2.000 microgramas/m2 no exterior de três escolas localizadas fora desse perímetro.
Esses centros serão “alvo de uma limpeza profunda” antes do início do período escolar, prometeu Grégoire, e “não abrirão até que não tenhamos a recomendação da Agência Regional de Saúde (ARS), que é de 1.000 microgramas/m2”.