RIO DE JANEIRO (Reuters) – A prefeitura do Rio de Janeiro ampliou a exigência de comprovação de vacinação contra a Covid-19 para o acesso a estabelecimentos como hotéis, pousadas, salões de beleza, shoppings, bares e restaurantes, e a exigência também será feita para usuários de táxis e transportes por aplicativo, informou a gestão municipal.

A medida foi publicada no Diário Oficial do município nesta quinta-feira e adotada após detecção de casos da variante Ômicron do coronavírus no Brasil. Três casos da nova cepa foram confirmados em São Paulo e um caso suspeito da variante na capital fluminense está sob análise das autoridades de saúde.

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A apresentação do passaporte de vacinação nesses estabelecimentos vale tanto para brasileiros quanto para turistas estrangeiros que visitam o Rio.

“Os estabelecimentos de hospedagem e os proprietários de imóveis para locação… somente efetivarão reservas ou contratos mediante a apresentação de comprovante vacinal de todos os hóspedes ou inquilinos temporários”, afirma o decreto municipal.

“Estamos exigindo o passaporte vacinal onde podemos. Agora, seria muito mais fácil exigir na entrada ao país”, disse à Reuters o secretário de Saúde da cidade, Daniel Soranz.

Apesar de uma recomendação formal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a exigência da comprovação de vacinação contra a Covid a viajantes que entram no Brasil, o governo do presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou se acatará a recomendação.

O passaporte vacinal está em vigor na cidade do Rio desde setembro. Segundo as autoridades, após a exigência do passaporte de vacinação, houve um aumento na procura por vacina nos postos de saúde. Mas também houve tentativas e furtos de cartões de vacinação em branco.

O decreto vem em meio a uma discussão na cidade sobre as festas de Réveillon e Carnaval. Muitas cidades do Estado e do país já decidiram suspender as festas por conta da pandemia e do surgimento da Ômicron.

As autoridades locais analisam o comportamento da nova variante, mas por enquanto as festas estão mantidas na capital fluminense.

“Vamos monitorando e, quando o comitê científico e a Secretaria de Saúde tiverem convicção, tomamos a decisão”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

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