O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu a posição da autarquia de não dar guidance (orientação) sobre qual será o futuro dos juros no Brasil. “Entendemos que o momento pede flexibilidade”, disse. A fala foi feita durante painel em evento promovido pela corretora XP nesta sexta-feira, 30.

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Segundo Campos Neto, o momento global é de grande volatilidade, com expectativas de desaceleração da economia nos Estados Unidos e China. Em específico sobre os EUA, ele destacou ainda as eleições e a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano.

O presidente do BC lembrou as críticas que a instituição recebeu quando fez um corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros em maio, e afirmou que dados posteriores indicaram que foi a decisão acertada.

“O mercado tem oscilado bastante”, disse. E garantiu: “se e quando houver esse ciclo [de alta de juros], ele será gradual”.