Em plena crise energética, em meio à guerra na Ucrânia e com inflação em alta, a maioria da população na Alemanha vê com preocupação a situação econômica do país, segundo sondagem divulgada nesta quinta-feira (6).

Ao todo, 85% dizem estar preocupados com a situação econômica na Alemanha, correspondente a um crescimento de 34% em relação ao registrado em abril de 2020.

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Apenas 11% dizem haver motivo para confiança (parcela 33% menor). Este é um recorde, pois desde 1997 a confiança dos alemães nunca esteve tão baixa.

Quatro entre cinco eleitores na Alemanha (80%) consideram a atual situação econômica do país como “ruim” ou “não tão boa”, de acordo com levantamento do instituto Infratest Dimap realizado com 1.307 pessoas aptas a votar. A marca é o dobro da registrada antes das eleições parlamentares alemãs de setembro de 2021.

A avaliação da situação econômica entre os alemães é a pior desde 2009. Apenas 20% descrevem a situação como muito boa ou boa.

Uma apertada maioria de 53% acredita que a situação econômica na Alemanha será pior do que hoje daqui a um ano, enquanto apenas 12% acreditam que será melhor.

Aprovação do governo em queda

A coalizão de governo da Alemanha continua com nível de aprovação em queda. De acordo com a sondagem, realizada para a rede de televisão pública alemã ARD, a soma dos três partidos da aliança teria apenas 43% dos votos caso a eleição fosse realizada agora.

O bloco conservador de oposição, formado pelos partidos União Democrática Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), ganhou um ponto percentual e é novamente a força mais forte com 28%.

A sigla de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) melhorou dois pontos, subindo para 15%, o maior patamar desde dezembro de 2019.

Na coalizão, o valor do Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler federal alemão Olaf Scholz, permanece inalterado em 17%. O Partido Verde perdeu três pontos percentuais em relação a setembro, chegando a 19%. O Partido Liberal Democrático (FDP) perdeu um ponto, caindo para 7%.

Já o partido socialista A Esquerda manteve-se em 5%.

md/cn (DPA, AFP)