Os amantes de aviação e de veículos elétricos ficaram animados com o lançamento, nos Estados Unidos, do Dragon, da RotorX, uma espécie de veículo pessoal aéreo que, para pilotá-lo, não há necessidade de licença de piloto. Porém, a autoridade em aviação no Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não prevê o uso da aeronave no país nem tão cedo.

“As normas estabelecidas pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) nº 94, que dispõe sobre as regras para a operação de aeronaves não tripuladas, não permitem a utilização desses veículos para o transporte de passageiros. Também não há, no momento, previsão sobre a normatização do procedimento, dada a complexidade das questões de segurança operacional, licenciamento e controle de tráfego aéreo potencialmente envolvidas, requerendo análise e entendimentos junto também com órgãos de controle do espaço aéreo e de telecomunicações, entre outros”, afirma nota da Agência.

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O RotorX Dragon é resultado de uma parceria entre a RotorX e a Advanced Tactics Inc, da Califórnia, e pertence a categoria de aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A aeronave elétrica é controlada por um joystick de 3 eixos, oito motores elétricos, dois propulsores em cada hélice e possui chassi em alumínio. Alimentado por um sistema de baterias de lítio de 100V, o veículo faz 20 minutos de voo e alcança velocidade máxima de 100 km/h.

Com formato de “drone” gigante (só que tripulado), o RotorX Dragon custa US$ 85 mil, cerca de R$ 450 mil. Quem comprar, recebe um kit em casa com o veículo desmontado. A fabricante da aeronave elétrica informa que qualquer pessoa pode pilotar o modelo e oferece tutoriais e aulas de voos particulares para quem não quiser se arriscar a voar de primeira. Os recursos de segurança incluem um sistema de pouso e decolagem automático, trem de pouso e alerta de bateria fraca. O veículo também aciona um paraquedas em casos de falhas.