23/02/2021 - 16:06
Os preços dos alimentos, combustível, gás de cozinha e tantos outros produtos estão pesando no bolso dos brasileiros, que agora terão que se preocupar com mais um aumento: o da energia elétrica.
A estimativa, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), é que as contas de luz devem ter neste ano o maior aumento médio desde 2018, conforme o IG.
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A projeção da agência é que o reajuste ficará em 13% neste ano, mas poderia cair para 8% com a devolução aos consumidores de parte dos R$ 50 bilhões em impostos cobrados a mais nas contas de luz nos últimos anos.
Porém, ainda que a devolução ocorra, o aumento de 8% continuaria sendo o maior desde 2018, quando a alta média das tarifas foi de 15%.
Entre os fatores que causaram este percentual de reajuste da tarifa estão o maior uso de termelétricas e a disparada do dólar, que encarece a energia da hidrelétrica de Itaipu, maior usina do país e responsável por atender a cerca de 10% de toda a demanda nacional.
A energia de Itaipu, sozinha, vai “puxar para cima” o reajuste das tarifas em 3,3% neste primeiro semestre.
Vale lembrar que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu contra a inclusão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na base de cálculo do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). A estimativa é que cerca de R$ 50 bilhões em impostos foram cobrados a mais dos consumidores e a devolução será feita no decorrer de cinco anos.