Papéis avulsos

 

Os investidores reagiram bem à notícia de um possível aumento da gasolina. Mesmo sem detalhes sobre quando acontecerá e de quanto será a correção, a notícia fez subir as ações da Petrobras, na quarta-feira 19, figurando entre as maiores altas do Índice Bovespa. As ações preferenciais fecharam com alta de 3,77%, a R$ 20,93, enquanto as ordinárias subiram 3,58%, para R$ 21,13, praticamente zerando a queda do ano. 

 

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O reajuste já era esperado e, segundo Graça Foster, presidente da Petrobras, era uma necessidade para melhorar a rentabilidade da companhia. Segundo a área de análise da XP Investimentos, o aumento dos preços de combustíveis permitirá que a companhia fortaleça a geração de caixa e reduza o prejuízo operacional no segmento de distribuição. De acordo com a corretora, é preciso aguardar os detalhes do aumento, mas um reajuste na ordem de 5% poderá elevar em 10% o lucro líquido da empresa. 

 

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Touro x Urso

 

Após um longo e tenebroso ano, o Índice Bovespa chegou ao Natal perto de 61 mil pontos, com uma alta superior a 7%. O avanço foi justificado pela decisão do governo de reajustar os combustíveis, o que estimulou as ações da Petrobras. Os prognósticos para 2013 são positivos, especialmente para as ações voltadas para o consumo.

 

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Bancos


¡Arriba, Bradesco!

 

O Banco Central do Brasil aprovou pedido do Bradesco para a constituição de um banco múltiplo no México. O segundo maior banco privado do País já possui operações de cartão de crédito e de financiamento ao consumo naquele país, e a nova instituição atuará de forma conjunta com o negócio já existente. As ações do banco acumulam uma alta de 10,1% até 19 de dezembro e de 21,7% em 2012. 

 

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Logística


Volatilidade com a compra da NYSE

 

A compra da NYSE Euronext, controladora da bolsa de Nova York, pela ICE (Intercontinental Exchange), anunciada na quinta-feira 20 por US$ 8,2 bilhões, movimentou duas ações listadas no Brasil. Naquela data, os papéis da BM&FBovespa caíram 2,31%, aos R$ 13,97, enquanto os ativos da Cetip subiram 4,51%, e fecharam cotados a R$ 25,50. Isso acontece porque a ICE é a maior acionista individual da Cetip e essa parceria deve ser aproveitada pela NYSE, caso ela decida entrar no Brasil, concorrendo com a BM&FBovespa. 

 

 

 


Quem vem lá


Aumento de capital da V-Agro será integral

 

Os principais acionistas da Vanguarda Agro e a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, se comprometeram a subscrever 100% das ações emitidas no atual processo de aumento de capital. Ou seja, os papéis que não forem adquiridos pelos minoritários serão subscritos pelo grupo. O aumento de capital da companhia, no valor de R$ 350 milhões, se dará por meio da subscrição privada de 1,16 bilhão de novas ações, no valor de R$ 0,30 cada. Na operação, o direito de preferência será dado a todos os acionistas da empresa.

 

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Destaque no pregão


Doces perspectivas para a São Martinho

 

A Usina São Martinho anunciou, na segunda-feira 17, a aquisição dos ativos agrícolas da Usina São Carlos, controlada pela Biosev S.A., por R$ 199,6 milhões. A Usina São Carlos produz 1,85 milhão de toneladas de cana por safra e está situada a cerca de 30 km da Usina São Martinho, na cidade de Jaboticabal, interior de São Paulo. A notícia foi bem recebida pelo mercado. Na terça-feira 18, as ações da companhia subiram 4% e fecharam cotadas a R$ 26. No ano, os papéis da empresa acumulam alta de 57,5%.

 

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Palavra de analista:

segundo relatório da Votorantim Corretora, a notícia é positiva para a companhia. “A aquisição dos ativos da Usina São Carlos será positiva para as ações da São Martinho no curto prazo, dada a elevada sinergia com a Usina São Martinho”, afirmam os analistas.

 

 

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Mercado em números


Lojas Americanas

R$ 650 milhões - É o montante aprovado pelo conselho de administração da varejista para uma nova emissão de debêntures. Serão 65 mil ativos, ao valor unitário de R$ 10 mil. 

 

Vale

US$ 234 milhões - É o valor pelo qual a mineradora vendeu a fábrica de nitrogenados de Araucária, no Paraná, para a Petrobras. A Vale informou que a venda trará uma economia de US$ 50 milhões por ano na sustentação das operações na unidade.

 

Aliansce

R$ 103,5 milhões - Foi o valor da venda da participação de 76,6% no Boulevard Campina Grande (PB). O montante será pago à vista na data do registro de vendas.

 

Iguaçu Celulose

R$ 10 milhões - É o valor do aumento de capital que a empresa de papel vai propor em assembleia-geral extraordinária, convocada para o dia 4 de janeiro. Em junho, os acionistas já haviam aprovado operação semelhante, no valor de R$ 30,4 milhões.

 

Gafisa

R$ 1,6 milhão - Foi o aumento do capital social da companhia, que passou a ser de R$ 2,7 bilhões, representado por mais de 433,2 milhões de ações ordinárias. 

 

 

 

 

 

Pelo mundo


Santander fecha 700 agências na Espanha

 

O banco espanhol Santander, de Emilio Botín, vai absorver as filiais Banesto e Banif e utilizar o Santander como única marca comercial na Espanha. A fusão do Banesto, que implicará o fechamento de 700 agências, deve gerar uma economia de 520 milhões de euros em três anos.

 

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KKR levanta US$ 6 bi para fundo da ásia

 

A KKR levantou US$ 6 bilhões para seu segundo fundo asiático. Analistas indicam que esse é o maior valor que um private equity já angariou na região, com forte demanda de fundos de pensão e investidores em busca de retornos em mercados emergentes.

 

 

 

 

UBS paga multa bilionária por fraudar Libor

 

O banco suíço UBS foi multado em US$ 1,5 bilhão e admitiu, na quarta-feira 19, ter participado de fraude em um esquema de manipulação da taxa Libor, referência para empréstimos entre bancos. A multa é a segunda maior imposta contra um banco, atrás, apenas, do valor pago pelo HSBC, de US$ 1,92 bilhão, por lavagem de dinheiro.

 

 

 


Personagem


Novo fôlego para a Romi 

 

A indústria Romi, de Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista, precisou fazer alguns ajustes operacionais, como corte de funcionários, para fortalecer a geração de caixa, em 2012. Para 2013, no entanto, fabio taiar, diretor de ri, que vê com bons olhos os incentivos do governo às indústrias, prevê aumento de vendas. 

 

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Fabio Taiar, Diretor de RI da Romi: O preço das ações foi prejudicado pelo cenário

doméstico e incertezas globais

 

O que a Romi fez para fugir da crise?

O setor de bens de capital é altamente cíclico e, por isso, sente rapidamente as oscilações da economia. Diante da queda dos investimentos, a Romi precisou recuperar margens operacionais. Por isso, reduziu sua produção e ajustou o quadro de funcionários, o que melhorou a geração de caixa. Ao todo, demitimos 320 pessoas. Além disso, tivemos bons resultados com a Burkhardt Weber (B+W), empresa de máquinas-ferramenta, da Alemanha, adquirida em janeiro. Com atuação na Europa e na Ásia, a B+W representa cerca de 30% das nossas vendas. 

 

Com a melhora dos resultados, por que as ações da empresa acumulam perdas de mais de 30% em 2012?

O preço das ações foi prejudicado por conta do baixo crescimento da economia doméstica e pelas incertezas mundiais. Com tanta volatilidade, os investidores têm grandes dificuldades para saber qual o real valor das ações da companhia e passam a operar com mais cautela. 

 

O governo prevê um crescimento de 4% no PIB para 2013. Como isso pode ajudar a empresa?

No primeiro semestre de 2012, o volume de investimentos caiu 2,9%, quando comparado a 2011. Contudo, ele se recuperou ao longo do ano, por conta dos incentivos ao consumo e à indústria. Vimos medidas positivas como a desoneração da folha de pagamento e a redução da taxa de juros no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esses movimentos dão fôlego à indústria de modo geral e, no nosso caso, abrem espaço para fornecermos mais equipamentos e peças fundidas e usinadas.

 

Onde mais há oportunidades?

Há boas oportunidades nas obras de infraestrutura, prospecção de petróleo, geração de energia e no setor automotivo, em especial para utilitários leves e pesados. 

 

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Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira