07/12/2005 - 8:00
A explosão da fotografia digital trouxe a tiracolo dois fenômenos antagônicos. Comparando à paleozóica era dos filmes em negativo, as pessoas hoje fotografam muito mais, porém transformam muito menos suas fotos em papel. Nos EUA, o número de cliques aumentou oito vezes com o advento dos pixels. Por outro lado, de cada dez fotos digitais apenas uma é ampliada em papel ? as outras nove permanecem guardadas na memória do computador até que um bug tecnológico, agindo como uma traça virtual, as destrua para sempre. A boa notícia: está chegando ao Brasil algo que promete evitar essas perdas irremediáveis. E de um jeito simples e divertido. É o fotolivro ? como o nome diz, um livro de fotos feito sob encomenda, ao gosto do freguês. Ele é montado a partir de fotos digitais pousadas no computador do usuário. ?As aplicações são infinitas?, diz Marco Perlman, presidente da Digipix, empresa que acaba de estrear o serviço no País. ?Álbuns de casamento, de viagens, de bebês, de formatura, brindes, catálogos, portfólios, trabalhos publicitários, tudo pode ser feito em fotolivro.?
Ainda são poucas as produtoras de fotolivros no País. A Uniko (www.uniko.com.br) e a Allbuns (www.allbuns.com.br) oferecem a montagem online, na qual o livro vai sendo feito em tempo real em seus websites. Na Digipix a coisa funciona um pouco diferente. A empresa distribui gratuitamente um software para que se trabalhe off-line (desconectado da internet) na criação dos fotolivros. É uma diferença considerável, pois ela afasta maiores dores-de-cabeça com quedas de conexão, por exemplo. O software em questão é o D-Book, licenciado com exclusividade para toda a América Latina junto ao grupo australiano Momento. Trata-se de uma ferramenta bem esperta e fácil de operar. Depois de baixá-la do site da Digipix, você pode criar seu fotolivro em seis passos:
A empresa calcula o preço de acordo com as dimensões, números de fotos e páginas. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, via internet, e o livro chega em casa em até oito dias úteis. Os valores começam em R$ 38 por unidade. ?Além do software poderoso, o trunfo é o acabamento do produto?, diz Bob Wolheim, sócio do Fotosite, primeiro parceiro da Digipix no negócio e que vai oferecer o serviço a fotógrafos profissionais, associando-o a cursos de edição de livros. Esse acabamento top é garantido por uma impressora na qual Perlman, da Digipix, investiu R$ 2 milhões. ?Começamos a atender os fotógrafos profissionais primeiro?, explica o empresário. ?Mas agora estamos fechando parcerias com o varejo para chegar ao consumidor final. O serviço já está disponível na Fotoptica e, até o final do ano, estará também no Submarino e na Americanas.com.?
Não é difícil entender a preferência inicial pelos fotógrafos profissionais. Segundo pesquisa da revista FHOX, especializada no assunto, o negócio de fotografia profissional movimenta R$ 2,5 bilhões por ano no Brasil. E a maior parte do bolo, como mostram os quadros ao lado, está nas mãos de quem faz retratos de formaturas e casamentos ? justamente quem deve se deliciar (e faturar alto) com a chegada dos fotolivros.
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