O presidente da Assembleia Geral da ONU, o dinamarquês Mogens Lykketoft, pediu nesta terça-feira que sejam examinadas as candidaturas femininas para a sucessão do atual secretário-geral, Ban Ki-moon.

“Estou convencido de que existe um certo número de candidatas potenciais que têm todas as habilidades necessárias e até mais” para o posto, afirmou Lykketoft, lembrando que, desde a criação das Nações Unidas, há 70 anos, o cargo sempre foi ocupado por um representante masculino.

“Todos devemos prestar muita atenção às candidatas femininas, em um momento em que (a ONU) continua a promover a igualdade entre homens e mulheres em todos os níveis”, insistiu.

O mandato de Ban Ki-moon termina no final de 2016.

Em setembro passado, a Assembleia adotou uma resolução, na qual pediu aos interessados que se candidatem abertamente, enviando seus currículos e sua concepção do cargo aos 193 países-membros.

Até hoje, o processo de seleção acontecia discretamente entre a Assembleia e o Conselho de Segurança, cujos cinco membros permanentes têm a última palavra na decisão final.

Entre as candidatas mencionadas, mas não confirmadas oficialmente, estão a diretora da Unesco, Irina Bokova, e a Comissária da União Europeia Kristalina Georgieva – ambas búlgaras.

Em agosto, o jornal The New York Times mencionou a presidente chilena, Michelle Bachellet, como um dos nomes possíveis.