O presidente do canal de TV venezuelano Globovisión, Guillermo Zuloaga, recorreu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para “buscar a justiça” que teve negada na Venezuela.

“Viemos buscar a justiça que não encontramos na Venezuela”, declarou Zuloaga nesta sexta-feira, em Washington, em entrevista a Globovisión, TV que critica abertamente o regime do presidente Hugo Chávez.

“Como é público e notório, o presidente Chávez ordenou minha prisão”, disse Zuloaga, que é acusado na Venezuela pelos crimes de “usura” e “formação de quadrilha”.

“Garanto a todos os nossos telespectadores que não descansarei, em nenhum momento, na defesa dos princípios e dos valores do nosso país…”.

Fontes da CIDH confirmaram à AFP em Washington que uma reunião com o advogado de Zuloaga ocorreu na quinta-feira e que o caso seguirá o trâmite regular.

“O advogado do senhor Guillermo Zuloaga pediu um encontro para registrar o caso de seu cliente relacionado com a liberdade de expressão”.

No final de junho, Zuloaga e seu filho foram formalmente acusados pela Procuradoria venezuelana por manter 20 veículos de forma irregular. A polícia esteve na casa do empresário para detê-lo, mas não o encontrou.

Chávez nega as críticas de Zuloaga e garante que o processo não tem qualquer relação com a linha editorial da Globovisión.

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