02/06/2020 - 7:03
A crise do novo coronavírus na Itália “não terminou”, advertiu nesta terça-feira, durante o feriado nacional, o presidente italiano Sergio Mattarella, que elogiou a “unidade” do país no combate à pandemia.
“A crise não terminou e tanto as instituições como os cidadãos terão que enfrentar suas consequências e seus traumas”, alertou Mattarella, antes de afirmar que a Festa da República acontece este ano entre “sentimentos de incerteza e motivos de esperança”.
Ao comentar os sofrimentos dos últimos meses, Mattarella destacou que nesta emergência “a Itália mostrou sua melhor face”.
O presidente se declarou “orgulhoso” de seu país e destacou a “unidade moral” dos italianos para enfrentar o vírus, este “inimigo invisível”.
Este espírito de unidade será “o motor do renascimento”, afirmou o chefe de Estado, cujo discurso foi elogiado por vários políticos.
Nesta terça-feira, caças italianos sobrevoaram Roma e deixaram rastros de fumaça com as três cores da bandeira italiana, verde, branco e vermelho.
Mattarella participará durante a tarde em uma homenagem às vítimas da COVID-19, na região da Lombardia, em Codogno, primeira cidade da Itália a registrar o vírus em meados de fevereiro.
Ainda traumatizada, mas impaciente para voltar à normalidade e retomar as atividades econômicas, assim como o setor crucial do turismo, a Itália flexibiliza progressivamente o confinamento desde o início de maio.
Lojas, cafés e outros estabelecimentos comerciais reabriram as portas, assim como a grande maioria dos monumentos e locais históricos e turísticos, como a Basílica de São Pedro, o Coliseu, a Torre de Pisa, as catedrais de Milão e Florença, os museus do Vaticano, entre outros.
Última etapa da suspensão das restrições, as fronteiras devem ser reabertas na quarta-feira. Além disso, os italianos poderão viajar livremente entre as regiões.
De acordo com o balanço atualizado, a Itália registra quase 33.500 mortes em três meses de crise pela COVID-19, hoje aparentemente controlada.