17/04/2023 - 11:43
BARCELONA (Reuters) – O presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse nesta segunda-feira que todos os pagamentos feitos pelo clube de futebol a uma empresa pertencente a uma alta autoridade de arbitragem foram referentes a assuntos consultivos e não para obter qualquer vantagem esportiva ilegal.
Laporta afirmou que uma investigação interna conduzida pelo clube não mostrou nenhuma irregularidade e disse que o caso foi uma campanha orquestrada para desacreditar o Barcelona.
Ele acusou o presidente da LaLiga, Javier Tebas, de “tentar prejudicar a reputação do Barcelona”.
Ele também atacou o rival Real Madrid, que se juntou ao processo da promotoria contra o Barcelona, dizendo que o Real sempre foi historicamente favorecido pela arbitragem.
No mês passado, promotores espanhóis apresentaram uma queixa contra o Barcelona por pagamentos de 7,3 milhões de euros de 2001 a 2018 a empresas de propriedade de José Maria Enríquez Negreira.
Negreira foi vice-presidente do comitê de arbitragem da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) de 1993 a 2018.
Um tribunal de Barcelona concordou em aceitar o caso. A Uefa também abriu uma investigação formal por possível violação da estrutura legal do órgão regulador do futebol europeu sobre o caso Negreira.
Laporta disse em entrevista coletiva que o Barcelona, em suas negociações com Negreira, procurou aconselhamento técnico de “alguém que teve uma carreira no futebol”.
“O aconselhamento não constitui qualquer tipo de má conduta ou crime”, declarou ele.
(Reportagem de Joan Faus, Inti Landauro e Fernando Kallas)