A decapitação de uma birmanesa esta semana na Arábia Saudita, após sua condenação à morte pelo assassinato de uma menina, foi filmada e divulgada on-line, e o autor da gravação terminou preso – informou a imprensa saudita neste sábado.

Considerada culpada pelo assassinato da filha de seis anos de seu marido, também birmanês, Leila Bassem foi executada na segunda-feira passada, em Meca, no oeste do país.

O Ministério saudita do Interior informou que a menina morreu, após apanhar com frequência e ser violentada com uma vassoura.

A pessoa que filmou a execução e postou o vídeo na Internet foi presa, de acordo com as edições on-line dos jornais “Okaz” e “Al-Riyadh”, que reproduziram as imagens.

“Eu não matei, Deus é grande, eu não matei (…) É uma injustiça”, grita a condenada, em árabe, toda vestida de preto, no vídeo divulgado no site <LiveLeak.com>.

A mulher foi decapitada com um sabre, a arma utilizada para as execuções em público no reino saudita.

Na Arábia Saudita, onde dez condenados à morte foram executados desde o início do ano, estupro, assassinato, apostasia, roubo a mão armada e tráfico de drogas preveem a pena capital como sentença.

Em 2014, 87 condenados à morte foram executados e, 78, em 2013, segundo balanço feito pela AFP.

Um relatório da Anistia Internacional revelou que, em 2014, o reino ultraconservador ficou atrás apenas de Irã e Iraque em número de execuções no mundo.