O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou a posição do país quanto a “acusações falsas” dos Estados Unidos sobre violação da trégua alcançada em Genebra. Ecoando comentários do Ministério do Comércio, o porta-voz Lin Jian argumentou que o país está “responsável e fielmente” seguindo os termos do acordo, ao contrário do lado americano.

“Vamos lembrar novamente que pressão e coerção não são a melhor forma de engajar com a China”, alertou o porta-voz, em coletiva de imprensa.

O Ministério das Relações Exteriores pediu que os EUA “respeitem os fatos, interrompam o compartilhamento de desinformação, revertam suas ações erradas e atuem para honrar o consenso” bilateral.

Lin rebateu que, ao contrário da China, norte-americanos estão violando o acordo com “medidas prejudiciais extremas” contra os direitos e interesses legítimos chineses. O porta-voz citou como exemplo os controles de exportação de chips, revogação de vistos de estudantes, bloqueio da venda de softwares de design de automação eletrônica (EDA, em inglês), entre outras ações anunciadas recentemente pelos EUA.

O mistério também comentou acusações sobre o governo chinês representar uma ameaça a países na região do Mar Meridional da China. “Os EUA, junto ao Japão, Austrália e Filipinas, espalharam acusações falsas para incitar o confronto entre países regionais”, disse Lin, afirmando que “lamenta” a postura adotada e que a China já realizou protestos em oposição. O porta-voz chinês reiterou que o comportamento é produto de uma “mentalidade de Guerra Fria”.

Lin também criticou a União Europeia (UE) por analisar tarifas contra equipamentos médicos produzidos na China.

“A UE diz ser um dos mercados mais abertos do mundo, mas esta realidade está se tornando protecionista, competitivamente injustas e frequentemente recorrem ao comércio unilateral”, acusou o porta-voz, pedindo que o bloco europeu siga as regras de mercado aberto da Organização Mundial do Comércio (OMC).