19/05/2025 - 9:23
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador também chamado de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,8% em março na comparação com o mês anterior e encerrou o primeiro trimestre com expansão de 1,3%, segundo dados divulgados pelo BC nesta segunda-feira, 19.
A leitura do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação à alta de 0,5% registrada em fevereiro, em dado revisado pelo BC de um crescimento de 0,4% informado antes.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,5%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,2%.
O resultado oficial do PIB no 1º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 30 dia maio.
Analistas esperam uma desaceleração do crescimento econômico ao longo deste ano, em meio a uma taxa de juros elevada e inflação persistente, o que afeta o consumo. No entanto, a força do setor agrícola deve ajudar a atividade no início do ano e sustentar o PIB. Pairam ainda as incertezas em torno da política tarifária dos Estados Unidos.
A expectativa atual do mercado é de uma alta de 2,02% do PIB ao fim de 2025. Para o crescimento da economia brasileira em 2026, a projeção é de alta de 1,70%, segundo o último boletim Focus do banco Central. Em 2024, o PIB do Brasil cresceu 3,4%
Setores
A abertura dos dados do BC mostra que o destaque no primeiro trimestre foi o IBC-Br da agropecuária, com crescimento de 6,1% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalisado. Analistas já esperavam um forte desempenho do setor no primeiro trimestre, com safras recordes.
Na mesma base de comparação, o índice da indústria teve expansão de 1,6%, enquanto o de serviços cresceu 0,7%. O IBC-Br excluindo agropecuária apresentou alta de 1,0%.
Somente em março, os índices setoriais mostraram expansão de 1,0% da agropecuária, de 2,1% da indústria e de 0,3% de serviços.
Dados do IBGE mostraram que, no mês, a produção industrial cresceu no ritmo mais forte em nove meses, a 1,2%. As vendas no varejo avançaram 0,8%, enquanto o volume de serviços teve alta de 0,3%.