A primeira-ministra da Dinamarca em final de mandato, Helle Thorning-Schmidt, reconheceu a derrota nas eleições parlamentares realizadas nesta quinta-feira.

“Amanhã vou falar com a rainha, dizer a ela que o governo está renunciando. Agora, cabe a Lars Lokke Rasmussen tentar formar um governo”, declarou a seus simpatizantes, com lágrimas nos olhos, referindo-se ao líder do principal partido de extrema direita, Venstre.

Ela deixará as funções de presidente do partido social-democrata, que chefiou durante 10 anos.

Pouco antes do anúncio da premiê, após a apuração de mais de 75% dos votos, a coalizão de direita aparecia com 91 cadeiras, contra as 84 do bloco de esquerda, informou a televisão pública DR.

A coalizão era composta pelo Venstre, pelo Partido Popular Dinamarquês (DF), com uma forte agenda anti-imigração, pela Aliança Liberal e pelos conservadores. Até o momento, o DF conta com 38 assentos (16 a mais do que em 2011) e o Venstre, com 35 (12 a menos).

Já os social-democratas de Helle Thorning-Schmidt estão com 47 vagas, três a mais do que há quatro anos.

Esses números ainda não incluem os quatro assentos atribuídos aos territórios autônomos da Groenlândia e das Ilhas Faroé, onde as seções eleitorais seguem abertas. Essa diferença de horário atrasa a contagem dos votos.

Inicialmente, as pesquisas de boca de urna apontavam um empate entre governo e oposição.

Mais de quatro milhões de dinamarqueses eram esperados nas urnas hoje para eleger 179 deputados do Folketing, o Parlamento monocameral do país, após uma campanha dominada por questões de economia e imigração.

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