07/09/2025 - 7:00
Juntar o primeiro milhão é um desafio comum a vários investidores pessoa física, mas o tempo para alcançar essa meta pode variar a depender dos investimentos escolhidos.
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Considerando um cenário hipotético em que um investidor aportasse R$ 500 mensais, seriam necessários cerca de 29 anos e 8 meses para juntar R$ 1 milhão se todo mês esses aportes fossem feitos em um investimento que rendesse 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Isso, levando em conta o CDI atual, de 14,90% ao ano, dado que a Taxa Selic está em 15%.
Tempo muda de acordo com o investimento
Olhando para o investimento em ações, a calculadora do milhão, desenvolvida pela Hurst Capital, mostra que com os mesmos aportes um investidor demoraria cerca de 31 anos e 9 meses para atingir o primeiro milhão ao investido no Ibovespa – principal índice da bolsa de valores brasileira.
Para o cálculo, a ferramenta considera a média de rendimento do Ibovespa, de 9% ao ano.
Vale destacar que esse rendimento anual de 9% pode ser superado, caso o investidor faça as escolhas certas e tenha uma carteira de ações vencedora.
Por fim, ao fazer aportes mensais de R$ 500 na poupança – investimento favorito dos brasileiros – um investidor levaria 40 anos e 9 meses para chegar ao seu objetivo de R$ 1 milhão.
Isso, considerando um rendimento de 6% ao ano – que fica abaixo tanto do rendimento da renda variável quanto do rendimento da renda fixa.
As regras atuais da poupança estimam que quando a Selic superar 8,5% ao ano o rendimento será de 0,5% ao mês e de 6,17% ao ano somada à Taxa Referencial (TR). Porém, quando a Selic ficar abaixo dos 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser de 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Comportamento do investidor brasileiro
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) junto com o Datafolha, um total de 23% dos brasileiros ainda deixam o dinheiro na poupança, número que representa cerca de 32 milhões de pessoas.
Esse percentual, todavia, já é menor do que o registrado na edição anterior da pesquisa, quando a fatia ficou em 25%.
Esse movimento indica uma transição no comportamento do investido, já que atualmente cerca de 27 milhões de brasileiros já dividem suas economias entre duas ou mais alternativas, algo que sugere um processo gradual de diversificação.
Segundo o levantamento, títulos privados avançaram pelo terceiro ano seguido e já estão em 6% das respostas. Os fundos aparecem logo atrás, com 5%, enquanto as moedas digitais, que antes ocupavam posição mais alta, recuaram para 4%.
O perfil da diversificação é mais comum entre as classes A e B. Ainda assim, nesse grupo a poupança segue em primeiro lugar, lembrada por 31% dos entrevistados. A diferença é que surgem com mais força alternativas como títulos privados (15%), fundos (13%), moedas digitais (8%), imóveis (7%) e ações (6%).
Nas classes C, D e E, a caderneta de poupança permanece como a aplicação dominante.