O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciará ainda nesta quarta-feira (15) uma reforma de seu governo com “o objetivo de unir e nivelar o país”, informou uma fonte de Downing Street.

A mudança no Executivo acontece após várias semanas de boatos sobre a saída de vários ministros criticados por seus desempenhos, em particular o chefe da diplomacia, Dominic Raab, após a gestão da retirada do Afeganistão.

Johnson “vai adotar uma equipe forte e unida para reconstruir melhor após a pandemia”, afirmou a fonte, antes de explicar que o “primeiro-ministro anunciará os ministros durante a tarde”.

As atenções estão voltadas para Raab e o ministro da Educação, Gavin Williamson, que nesta quarta-feira não compareceram à Câmara dos Comuns para a sessão semanal de perguntas ao chefe de Governo.

Raab, que substituiu Johnson em abril do ano passado quando o chefe de Governo permaneceu internado na UTI devido à covid-19, enfrenta muitas críticas por sua gestão da crise no Afeganistão.

Ele estava de férias na Grécia enquanto o governo acelerava a retirada de cidadão britânicos e funcionários afegãos diante do avanço dos talibãs e sua tomada de por em Cabul.

Williamson foi alvo de muitas reclamações por sua gestão do fechamento das escolas durante a pandemia, a organização dos exames e matrículas universitárias em plena crise de saúde.

A ministra do Comércio, Liz Truss, que negociou uma série de acordos desde a saída completa da União Europeia em janeiro, é citada como possível nome para suceder a Raab.

Também é mencionado Michael Gove como possível substituto da ministra do Interior, Priti Patel, uma defensora do Brexit sob forte pressão devido ao aumento da chegada de imigrantes irregulares nos últimos meses.