02/07/2013 - 2:33
LISBOA, 2 julho 2013 (AFP) – O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta terça-feira à noite que não aceitou a renúncia apresentada horas antes pelo ministro das Relações Exteriores e número dois do governo, Paulo Portas.
“Seria precipitado aceitar essa renúncia” diante da “ameaça de instabilidade política que implicaria”, afirmou Passos Coelho em uma mensagem à nação.
Apenas 24 horas depois da renúncia do artífice das medidas de rigor impostas ao país – o ministro das Finanças, Vitor Gaspar-, Portas, que o sucedeu na hierarquia governamental, também jogou a toalha.
O atual governo de centro-direita, dirigido pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, chegou ao poder em junho de 2011, após as legislativas antecipadas convocadas por Aníbal Cavaco Silva.
Isso aconteceu depois que os socialistas, então no poder, reconheceram o fracasso de sua política econômica e pediram ao FMI e à União Europeia (UE) um plano de resgate, em três anos, de 78 bilhões de euros.