02/10/2020 - 6:57
Meses depois de minimizar sua importância, recusando-se a usar máscara e fazendo comícios eleitorais em plena pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump deu positivo para covid-19 – conforme anúncio feito nesta sexta-feira (2).
Confira abaixo algumas de suas declarações mais polêmicas sobre a doença:
22 de janeiro:
“Está totalmente sob controle. Foi uma pessoa que chegou a China. Vai ficar tudo bem”.
7 de fevereiro:
“É algo mais mortal que a mais grave e extenuante gripe. É algo letal”, declara Trump ao jornalista Bob Woodward, segundo declarações divulgadas apenas em 9 de setembro, antes da publicação de um livro desse veterano repórter investigativo.
26 de fevereiro:
“Isso é uma gripe. É como uma gripe”.
27 de fevereiro:
“Vai desaparecer. Um dia, como um milagre, vai desaparecer”.
6 de março:
“Gosto disso. E realmente entendo. As pessoas se surpreendem que eu entenda (…) Todos esses médicos me dizem: ‘como é que você sabe tanto sobre isso?’. Talvez eu tenha uma capacidade natural. Talvez devesse ter me dedicado a isso em vez de ser candidato a presidente” (comentando a pesquisa científica sobre os tratamentos).
11 de março:
“O vírus não tem a menor chance contra nós. Nenhuma nação está tão preparada, ou é mais resistente, do que os Estados Unidos”.
14 de março:
“Eu daria nota 10” (sobre sua gestão contra o coronavírus).
17 de março:
“Sempre soube que isso era real, que era uma pandemia. Sentia que era uma pandemia antes de ser chamada de pandemia (…) Sempre considerei que era algo sério”.
22 de março:
“Para ser sincero com vocês, estou um pouco irritado com a China”.
3 de abril:
“Eu me sinto bem. Mas não me vejo (…) usando máscara. Talvez mude de opinião”.
24 de abril:
“Vejo que o desinfetante elimina (o vírus) em um minuto. Um minuto! E existe uma forma de que podermos fazer algo parecido, mediante uma injeção para limpar quase tudo? É algo (o vírus) que penetra nos pulmões, e por isso pode ser interessante tentar”.
“Vamos supor que a gente atinja o corpo com uma luz tremenda, ultravioleta, ou simplesmente muito potente. E vamos supor que se possa colocar luz no corpo, através da pele, ou de alguma outra maneira. Acho que tem que testar isso (…). Gostaria que se falasse com os médicos para ver se há alguma maneira de aplicar luz e calor para curar, através da pele, ou de outra forma”.
30 de abril:
“Acho que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deveria se envergonhar, porque é como a agência de relações públicas da China”.
19 de maio:
“Quando temos muitos casos (de contágio), não acho que isso seja algo ruim. Considero, de alguma maneira, que é uma coisa boa (…) porque supõe que nossos testes são muito melhores”.
28 de julho:
“Acontece que acredito nisso. Como sabem, tomei durante um período de 14 dias. E aqui estou. Acredito que funciona nas fases prévias” da doença (sobre a hidroxicloroquina).
22 de setembro:
“Temos que responsabilizar a nação que gerou essa praga no mundo todo, a China (…) Este governo chinês, e a Organização Mundial da Saúde, que está virtualmente controlada pela China, declararam falsamente que não existia prova de transmissão entre seres humanos”.
2 de outubro:
“Esta noite a primeira-dama e eu demos positivo para covid-19. Começaremos imediatamente nosso processo de quarentena e de recuperação. Superaremos isso JUNTOS!”.