08/03/2015 - 18:07
A coalizão de centro esquerda União Sionista – principal adversária do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nas eleições legislativas de 17 de março – divulgou neste domingo seu programa eleitoral, que pretende “deter o isolamento diplomático de Israel”.
Esta aliança entre o Partido Trabalhista, de Yitzhak Herzog, e o partido de centro HaTnua, de Tzipi Livni, concentra suas propostas no plano econômico e social para “deter o aumento contínuo do custo de vida”, assim como nas relações com Washington, prejudicadas pela tensão envolvendo o Irã.
Segundo o programa da coalizão, a solução do conflito com os palestinos passa “pela “desmilitarização do Estado palestino, a manutenção das grandes colônias sob a autoridade israelense, a permanência do status de Jerusalém como capital eterna do povo judeu (…) e o aumento da cooperação econômica com o Estado palestino”.
O documento divulgado pela União Sionista insiste ainda na necessidade de se restabelecer uma relação de confiança com os Estados Unidos, principal aliado de Israel, após meses de tensão entre Netanyahu e Casa Branca sobre o programa nuclear iraniano.
No plano econômico e social, colocado à frente das questões de segurança, a coalizão de centro esquerda aposta no aumento do orçamento social, da educação e da saúde, assim como na criação de um Conselho de Habitação para deter o aumento dos preços dos imóveis.
Herzog e Livni afirmaram em entrevista coletiva que o Likud não tem programa: “Israel precisa de um dirigente que tenha visão e não de um que aposte no medo”.
Segundo as últimas pesquisas, Likud e União Sionista estão empatados.