A petrolífera Prio assinou nesta sexta-feira acordo com a Sinochem para compra da participação da empresa asiática no campo de Peregrino, no Rio de Janeiro, por 1,9 bilhão de dólares.

O acordo havia sido acertado no final da tarde de quinta-feira, segundo comunicado da petrolífera na noite da véspera, e foi concluído na “madrugada” desta sexta.

O novo consórcio será formado pela Equinor, operadora do campo com 60% de participação, e pela Prio, com 40% de participação, conforme fato relevante divulgado nesta sexta-feira.

Após a conclusão da aquisição, a produção da Prio irá aumentar em cerca de 35 mil barris por dia, segundo a petrolífera.

“Além disso, a Prio enxerga sinergia na comercialização do óleo do campo, uma vez que cada offtake de Peregrino é de aproximadamente 650 mil barris e poderá ser combinado com cargas dos outros campos operados pela companhia para otimizar a logística”, afirmou.

De acordo com o documento, 191,5 milhões de dólares serão pagos na assinatura do contrato, e mais 1,7 bilhão pagos na conclusão da transação, além de “ajustes do capital de giro líquido e outros ajustes de preço”. O preço líquido dos ajustes deve permanecer entre 1,665 bilhão e 1,715 bilhão de dólares.

A Prio estima reservas e recursos economicamente recuperáveis (1P+1C) próximos a 338 milhões de barris para o Campo de Peregrino a partir de 1 de janeiro de 2024, sendo, líquido para a Prio, 135 milhões de barris, com previsão de abandono posterior a 2037.

A estimativa considera uma cotação de longo prazo de 62 dólares por barril de petróleo e consta em relatório de certificação de reservas da D&M, elaborado a pedido da petrolífera.

A conclusão do negócio está sujeita a condições precedentes, incluindo aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e “waiver” ou expiração do prazo do direito de aquisição por parte da Equinor em até 30 dias.