Apesar das expectativas geradas pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, em torno da privatização dos Correios nos próximos meses, o presidente da estatal, Floriano Peixoto, disse que os estudos sobre o modelo de privatização só estarão prontos no final de 2021. Com isso, a operação não deve sair do papel antes de 2022.

Em entrevista à revista Exame, Peixoto comentou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Consórcio Postar estão conduzindo o estudo de avaliação dos cenários de desestatização do setor postal brasileiro, que abriga mais de 95 mil funcionários em todo o País.

+ Correios lançam editais de venda de imóveis
+ Correios não receberam proposta formal de compra, diz ministro
+ Venda dos Correios pode render até R$ 15 bi, diz ministro

Segundo ele, a estatal integra um Comitê Interministerial formado pela Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, BNDES, Ministério da Economia e Ministério das Comunicações. Neste grupo são discutidos os rumos da companhia em conjunto com o Consórcio Postar.

Semanas atrás, Fábio Faria disse que os Correios estavam na mira de redes varejistas como Amazon e Magazine Luiza. No último dia 26 de setembro, no entanto, Faria afirmou ter se antecipado a um possível interesse de mercado e não recebeu uma proposta formal de qualquer uma das cinco grandes empresas que ele havia mencionado antes.

Além das duas megaempresas, FedEX, Mercado Livre e DHL eram companhias que estavam no radar do governo, mesmo sem um interesse formal das companhias em participar do processo de privatização ou de compra dos Correios.