22/11/2017 - 17:22
A Associação Nacional dos Procuradores Municipais informou nesta quarta-feira, 22, que “apenas 4 vaiaram o juiz federal Sérgio Moro e 800 o aplaudiram de pé” durante evento realizado nesta terça-feira, 21, em Curitiba, no Teatro Ópera de Arame. A entidade revelou preocupação com as informações de que a palestra de Moro foi cercada por hostilidades e protestos.
“Moro foi aplaudidíssimo”, declarou Miguel Kalabaide, procurador do município em Curitiba e coordenador-geral do congresso que a categoria promove na capital paranaense, base e origem da Operação Lava Jato.
Kalabaide assinalou que os quatro manifestantes são procuradores municipais em Fortaleza. “O site O Antagonista mostrou que um deles, o Guilherme (Rodrigues), participou da manifestação pró-Lula (em março, quando o ex-presidente foi interrogado por Moro) aqui em Curitiba”, anotou.
Kalabaide disse que “esse grupo já vinha preparando” o protesto. “São quatro procuradores ligados ao PT e ao PCdoB, eles acham que Moro acabou com o plano do Lula. Queriam tirar Moro do XIV Congresso da Associação Nacional dos Procuradores Municipais.”
“Quatro vaiaram, a grande maioria levantou-se e aplaudiu de pé o juiz, que fez uma palestra (sobre corrupção) magnífica”, observou Miguel Kalabaide. “O evento é um sucesso, não houve protestos, nem bem chegou a ter vaias, apenas desses quatro, que gritaram “vergonha”. Entre eles estava o Guilherme, que coordenou a manifestação pró-Lula, como mostrou o site O Antagonista. Mas foi só isso.”
O coordenador do evento dos procuradores destacou que o ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, um dos palestrantes do congresso, “enalteceu todo o trabalho do juiz Sérgio Moro”.
Kalabaide disse que, desde o momento em que Moro confirmou sua presença no evento, “quatro pessoas, com nome e sobrenome, anunciavam que queriam fazer a manifestação”.
“Não proibimos, eles (os quatro) entraram (no Teatro Ópera de Arame).”
O coordenador disse que comentou com Moro sobre a presença dos quatro e que poderia haver algum tipo de manifestação. “Desde que não atrapalhe a minha palestra não vejo problema, não me oponho”, disse o juiz.