A produção industrial brasileira registrou alta de 1,1% em setembro na comparação com o mês anterior, divulgou nesta sexta-feira, 1º, o IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 3,4%.

O resultado veio acima do esperado e representa uma aceleração frente o avanço de 0,2% em agosto. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,9% na variação mensal e de 2,8% na base anual.

No acumulado no ano, o setor industrial registra crescimento de 3,1%. Em 2 meses, avançou 2,6%, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de agosto (2,4%), julho (2,2%), junho (1,5%) e maio (1,2%) de 2024.

O que puxou a alta

Três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento na produção em setembro.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%) e produtos alimentícios (2,3%), com ambas voltando a crescer após recuarem nos meses de agosto e julho de 2024, período em que acumularam perdas de 3,5% e de 4,2%, respectivamente. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), de produtos do fumo (36,5%), de metalurgia (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%).

O mercado de trabalho aquecido e aumento da renda favorecem a indústria brasileira, que por outro lado enfrenta alta da taxa básica de juros e a perspectiva de um ritmo menos intenso da economia no segundo semestre.

A expectativa do mercado é que a economia cresça em torno de 3% em 2024. O Banco Central vem mostrando, porém, preocupação com o cenário inflacionário. A próxima reunião de política monetária será na próxima semana, quando o Copom irá definir a taxa básica de juros, atualmente em 10,75%. Por ora, a expectativa do mercado é de alta de 0,5 ponto percentual.