A Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou que a ampliação da lista de itens isentos da tarifa de 40% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil adiciona 238 códigos à lista de isenção da tarifa de 40%. Desses, o Brasil exportou 85 para o mercado americano em 2024, o equivalente a US$ 3,8 bilhões – 9,1% do total exportado no ano passado.

Dos 238 códigos listados, 231 passam a ter alíquota adicional zero, e apenas sete permanecem com a tarifa básica de 10%, por não terem sido incluídos na modificação do escopo das exceções da Ordem Executiva de 14 de novembro. Entre esses sete, estão pinhões, baunilha triturada ou moída e canela.

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Com a atualização, 62,9% das exportações brasileiras aos EUA permanecem sujeitas a tarifas adicionais. Após a medida, 37,1% das exportações brasileiras aos EUA estão isentas de tarifas adicionais, totalizando US$ 15,7 bilhões. O porcentual anterior de isenção era de 28,5%.

Publicada nessa quinta-feira, 20, a ordem tem vigência retroativa ao dia 13 de novembro de 2025.

Segundo a Gerência de Comércio e Integração Internacional da CNI, a isenção desses produtos indica avanço no diálogo técnico para uma negociação entre Brasil e EUA, e pode sinalizar o interesse do governo americano em preservar cadeias produtivas integradas.

Considerando o total de Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) de produtos exportados do agronegócio brasileiro ao mercado norte-americano, disponibilizado no Agrostat (sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro, gerido pelo governo federal), de 789 itens, ao todo 257 produtos agropecuários estão excluídos da sobretaxa de 50%.

Considerando as ordens executivas publicadas pela Casa Branca na quinta-feira, 20, e na sexta-feira, 13, ao todo, 257 itens foram excetuados da sobretaxa de 40% imposta sobre produtos brasileiros e da alíquota recíproca de 10%. Esses 257 itens, portanto, estão isentos de tarifas adicionais e sujeitos apenas às alíquotas específicas em vigor antes da escalada tarifária.