Uma oportunidade de emprego com salário inferior interessa a 90% dos candidatos que estão fora do mercado de trabalho. Além disso, 85% dos profissionais aceitariam um cargo inferior com o objetivo de voltar a trabalhar.

Os dados foram apresentados por um estudo realizado pela Luandre, empresa especializada em recursos humanos. De acordo com a pesquisa, mesmo entre os profissionais que estão no máximo há três meses desempregados, a maioria aceitaria uma redução salarial. 

“Percebemos que as pessoas estão mais dispostas a reduzir o salário do que o cargo, pois isso permite uma recuperação menos drástica. Mantendo o cargo é mais fácil para o profissional buscar novas oportunidades que ofereçam maiores salários”, diz a superintendente de seleção da Luandre, Francine Silva, em nota.

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Ainda sobre o cargo, a especialista ressalta que reduções muito drásticas, como ir de um cargo de gerência para assistente, pode trazer ainda mais dificuldade na recolocação, até mesmo por uma resistência das próprias empresas.

Segundo Silva, o ideal é que essa regressão, se ocorrer, seja para um nível abaixo apenas, como ir de analista para assistente, gerente para coordenação/supervisão, para que a retomada da carreira não seja tão difícil para o profissional.

O estudo observou ainda que mais da metade dos entrevistados, 76%, consideram a mudança de carreira como alternativa para driblar a situação do desemprego e apenas 15% permanecem resistentes em manter a área de atuação.

Para Fernando Medina, CEO da Luandre, este movimento apontado na pesquisa é consequência do alto desemprego. “São muitas pessoas concorrendo para uma mesma vaga, o que faz com que seja mais difícil e demorado se recolocar. Diante disso, as pessoas acabam aceitando vagas com salários e cargos mais baixos do que tinham anteriormente”, conclui.