09/10/2020 - 6:03
O Prêmio Nobel da Paz foi concedido, nesta sexta-feira (9), ao Programa Mundial de Alimentos (ou Programa Alimentar Mundial) da ONU – anunciou o Comitê Nobel norueguês, destacando que a necessidade de soluções multilaterais é “mais visível do que nunca”.
O PMA (ou PAM) foi recompensado por “seus esforços de luta contra a fome, por sua contribuição para a melhoria das condições de paz nas zonas atingidas por conflitos e por ter desempenhado um papel de liderança nos esforços, visando a impedir o uso da fome como arma de guerra”, declarou a presidente do Comitê Nobel, Berit Reiss-Andersen.
+ ‘Paz e erradicação da fome são indissociáveis’, diz PMA
+ Vários possíveis candidatos e nenhum favorito antes da entrega do Nobel da Paz
Este é o 12º Prêmio Nobel da Paz concedido a uma organização ou personalidade da ONU, ou que seja ligada às Nações Unidas.
O PMA foi fundado em 1961, tem sede em Roma e é financiado exclusivamente por doações voluntárias.
A agência diz que distribuiu 15.000 rações de alimentos no ano passado e ajudou 97 milhões de pessoas em 88 países.
Os números podem parecer altos, mas representam apenas uma fração muito pequena das necessidades do mundo.
O Programa se define como “a maior organização humanitária” em um mundo onde 690 milhões de pessoas, ou seja, uma em cada 11, sofreram de falta crônica de alimentos em 2019. Números que, sem dúvida, pioraram este ano com a pandemia dos novo coronavírus.
No total, 211 indivíduos e 107 organizações foram candidatos ao Prêmio Nobel da Paz em 2020.
O prêmio, que consiste em uma medalha de ouro, um diploma e dez milhões de coroas suecas (em torno de US$ 1,1 milhão) será entregue formalmente em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, empresário e filantropo sueco Alfred Nobel (1833-1896), se as condições sanitárias permitirem.
No ano passado, o Nobel da Paz foi concedido ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, por seus esforços para se aproximar do ex-irmão inimigo Eritreia.