22/08/2022 - 9:11
Com os últimos dados de atividade econômica, o mercado financeiro continuou melhorando os prognósticos para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano no Boletim Focus, mesmo que marginalmente. A projeção para a alta do PIB em 2022 passou de 2,00% para 2,02%, oitava alta seguida, contra 1,93% há um mês. A estimativa para a expansão do PIB em 2023, por sua vez, piorou, de 0,41% para 0,39%, ante 0,49% um mês antes.
Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 saltou de 1,99% para 2,12%. No caso de 2023, houve 52 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação de 0,50% para 0,48%.
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O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, ainda mostrou manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,80%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70 % e 2,00%, respectivamente.
O Focus também mostrou hoje redução na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana passou de 59,15% para 59,00%, mesmo porcentual de um mês atrás.
O relatório trouxe ainda estabilidade na perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo superávit de 0,30%. Há um mês, a mediana era positiva em 0,22%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,80%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB cedeu de 63,97% para 63,65%, de 63,60% há um mês. A mediana para o déficit primário se deteriorou, de 0,37% para 0,47% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa continuou em 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,30% e 7,70%, respectivamente, há quatro semanas.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 66,40 bilhões para US$ 67,20 bilhões, ante US$ 68,50 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas.
No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana seguiu em US$ 18,50 bilhões, contra US$ 18,00 bilhões de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes também continuou em US$ 30,00 bilhões. Há um mês, a expectativa já era deficitária em US$ 30,00 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 permaneceu em US$ 58,00 bilhões, ante US$ 57,85 bilhões de um mês atrás. Para 2023, também continuou em US$ 65,00 bilhões, de US$ 60,75 bilhões há quatro semanas.