Após a prévia da inflação de agosto acelerar pela alta na energia elétrica, os economistas ouvidos pelo Banco Central para o boletim Focus mantiveram a projeção para a inflação oficial – IPCA – em 2023, já fora do horizonte relevante da política monetária, em 4,90%, ante 4,84% de um mês atrás.

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Para 2024, que tem maior peso nas decisões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) atualmente, houve uma leve oscilação das expectativas, que passaram de 3,86% para 3,87%. Há um mês, a mediana era de 3,89%.

Considerando somente as 57 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,90% para 4,94%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta se manteve em 3,82%, considerando também 57 atualizações no período.

O Boletim Focus ainda mostrou manutenção da expectativa para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Copom. A projeção permaneceu em 3,50%, repetindo a mediana de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também continuou em 3,50%, mesma mediana de um mês antes.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana agora voltou a se distanciar do teto da meta (4,75%) e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC divulgou projeção de 3,4% para o IPCA de 2024, a mesma da reunião anterior. Para 2025, ficou em 3,0% no modelo, que considerava um primeiro corte de 0,25pp, de 3,1% em junho. Para 2023, a projeção é de 4,9%.