Após desacelerar a 0,55% em fevereiro (em linha com a mediana do Projeções Broadcast, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve arrefecer a 0,30% em março, projeta o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz.

O movimento, afirma Braz, deve ser puxado pela descompressão dos alimentos in natura, em linha com a trajetória prevista de desaceleração para o grupo Alimentação. Além disso, o grupo Transportes deve voltar a perder força em março, com influência baixista da gasolina, diz o economista.

“Daqui para frente, vamos ver essa continuidade de alimentação em desaceleração, quem sabe com uma velocidade maior”, afirma Braz. Da terceira para a quarta quadrissemana de fevereiro, o grupo desacelerou de 1,18% para 1,06%.

Braz também destaca altas previstas para alimentos tradicionais no período da Semana Santa, como ovo, bacalhau e peixe. No entanto, afirma que os efeitos de alta serão transitórios, em linha com a sazonalidade. “Mesmo que eles subam, não têm tanto peso e não serão fortes o suficiente para compensar a desaceleração dos in natura”, acrescenta.