Enquanto a Vale aguarda outro estouro de barragem em Barão de Cocais (MG), a multinacional franco-suíça LafargeHolcim ganha reconhecimento do Ibama, em São Paulo. Em abril, no fórum Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) no Licenciamento de Mineração, a multinacional recebeu certificado do instituto por ações desenvolvidas nas minas de Ipanema e Felicíssimo em Iperó, a 125 quilômetros de São Paulo. As duas unidades forneciam calcário para a antiga fábrica da LafargeHolcim em Sorocaba (SP) e o projeto de restauração da área começou há dez anos. A primeira fase foi o descomissionamento das minas. Depois, a conversão do espaço em Mata Atlântica com o investimento de US$ 3 milhões no plantio de 91 mil mudas.

Transformação: em destaque, a área da mina Felicíssimo em 2007. Dez anos depois a região já estava toda reflorestada

A iniciativa restabeleceu o equilíbrio ambiental, físico e químico do local, hoje totalmente reintegrado à Floresta Nacional de Ipanema. “A primeira ação foi o descomissionamento, com os materiais destinados a aterros industriais autorizados”, diz Bruno Hallak, gerente de meio ambiente da LafargeHolcim. “Mas parte da estrutura não foi retirada, pois geraria um grande impacto para a natureza. A área onde funcionava o britador, um equipamento que recebe o calcário e o quebra em pedras menores, transformou-se num mirante, de onde é possível visualizar a área recuperada. Ele se tornou um atrativo a mais para o local.”

(Nota publicada na Edição 1123 da Revista Dinheiro)