A Promotoria da Califórnia pediu à Corte Superior de Los Angeles nesta terça-feira que suspenda a licença do médico Conrad Murray, acusado de homicídio na morte do cantor Michael Jackson, informou um comunicado da entidade.

O promotor-geral, Edmund Brown, anunciou que seu oficial apresentou documentos ao Tribunal em nome do Conselho Médico da Califórnia para pedir que a licença de Murray seja suspensa, para evitar que ele exerça a medicina na Califórnia enquanto o processo contra ele não for concluído.

“Murray administrou uma dose letal de propofol, assim como outas drogas a Michael Jackson”, indicou Brown.

“Vamos argumentar ante o Tribunal que Murray foi imprudente ao dar a Jackson uma droga tão perigosa, e que demonstrou uma grave falta de julgamento que deveria afastá-lo do exercício da medicina”, acrescentou o promotor.

Conrad Murray, que se declarou inocente no dia 8 de fevereiro pela morte de Michael Jackson, ocorrida em 25 de junho de 2009, voltou a trabalhar após pagar uma fiança de 75 mil dólares.

O juiz da Corte Superior do condado de Los Angeles Keith L. Schwartz aceitou a fiança, mas confiscou seu passaporte e proibiu o médico de receitar sedativos aos pacientes, como foi informado no site do jornal Los Angeles Times.

O médico deve comparecer ao tribunal no dia 5 de abril.

A ação de Brown é em nome do Conselho Médico da Califórnia, entidade estatal responsável por proteger o público do mau exercício da medicina.

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