28/02/2014 - 21:00
Propaganda
Seria natural imaginar que um patrocinador oficial da Copa do Mundo sabe explorar bem as oportunidades que o maior evento esportivo do planeta pode proporcionar à sua marca. Mas não é o que tem acontecido com a alemã Adidas, que também é fornecedora do uniforme de diversas seleções participantes. Pegou mal no Brasil a descoberta de que a empresa vende em sua loja eletrônica nos Estados Unidos camisetas relacionando o País a sexo. Em uma delas, há a inscrição de dupla conotação “Lookin’ to score” (em busca da pegada), ao lado de uma garota de biquíni; e em outra, na frase “I love Brazil”, a palavra “love” é representada por um coração que se parece com nádegas. A Embratur, empresa responsável pelo turismo no Brasil, não gostou e enviou uma reclamação à empresa. A Adidas, em resposta, retirou as camisetas de circulação e disse que se trata de um produto exclusivo para o mercado americano.
Agências
Rearranjo na equipe
Um ano após vender o controle de sua agência iThink para a americana SapientNitro e assumir a presidência local da empresa, Marcelo Trípoli foi nomeado chefe de criação para a América Latina. Para cuidar das operações, foi contratado como vice-presidente e diretor de operações da SapientNitro o executivo Raffael Mastrocola, que era CEO da Havas Digital.
Marketing
País das embaixadas
A PepsiCo promove pela internet a maior roda virtual de embaixadinhas do País do futebol. Os usuários podem enviar vídeos mantendo a bola de futebol no ar com os amigos. Eles serão editados em série. Felipe Andreoli, humorista do programa de tevê CQC, divulga a ação.
Esportes
BB em alta velocidade
O Banco do Brasil assinou contrato de patrocínio com a escuderia britânica Williams, para a temporada 2014 da Fórmula 1. O anúncio se segue à escolha do brasileiro Felipe Nasr, apoiado pelo banco, para ser o primeiro piloto de testes da equipe. Também fazem parte da Williams o piloto Felipe Massa e a patrocinadora Petrobras.
Mercado
Segundo semestre salvador
A expansão do setor publicitário em 2013 superou o crescimento da inflação e do PIB. A alta foi de 6,8% em relação a 2012, segundo dados do Projeto Inter-Meios. Com isso, o setor movimentou R$ 32,2 bilhões em investimentos publicitários, com destaque para a expansão em tevê. O resultado foi conseguido com o aquecimento de negócios no segundo semestre.
Bate-papo
Carolina Vanuci, diretora-geral da Labstore
A agência de origem espanhola e atual braço de marketing da Y&R aportou no Brasil em junho de 2013. Carolina, responsável pela gestão da agência, fala sobre as diferentes formas de marketing e a evolução desse mercado no País.
Qual é a diferença entre o “live marketing” e o marketing no ponto de vendas?
O primeiro é o marketing promocional e envolve também eventos. Ele estuda o comportamento da pessoa em toda a jornada de consumo. Já o marketing de ponto de vendas acontece no local e no momento da compra. E nem sempre quem utiliza o produto é a pessoa que o adquire. Por exemplo, as mulheres compram lâminas de barbear e artigos para bebês.
Qual é o nível de evolução dessas categorias no Brasil?
Quando se estuda o que é feito no Exterior, percebemos que estamos no começo. Mas o interesse cresceu muito nos últimos três anos. Para alguns anunciantes ainda falta maturidade. Já para os executivos da P&G esses conceitos estão muito claros.
Há formas de se medir o sucesso dessas ações?
Em alguns casos, sim. Temos propostas de instalação de câmeras em diferentes pontos dos mercados, com variação dos materiais promocionais, para saber quais têm mais impacto nas vendas.