BRASÍLIA (Reuters) – A campanha do candidato do PT à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prorrogação do horário de votação até às 19 horas nos locais que teriam ocorrido operações de fiscalização de transporte público feitas pela Polícia Rodoviária Federal.

Na ação protocolada pela chapa petista às 16h14, os advogados alegam que é preciso ampliar em mais duas horas o horário de votação encerrado às 17 horas porque houve “prejuízo ao eleitorado” e “desestímulo ao comparecimento” por essas informações de que a PRF estariam dificultando o acesso dos eleitores aos locais de votação.

+ Quem é Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF que foi intimado pelo TSE

+ Órgão internacional alerta sobre ações da PRF; britânico vê ‘supressão eleitoral’

+ Operações da PRF foram cessadas e não haverá adiamento da votação, diz Moraes

+ PT pediu prisão de diretor da PRF por blitz em transporte de eleitores; influenciador e políticos se manifestam

No sábado, o TSE determinou que fossem interrompidas todas as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo, mesmo aquelas relacionadas apenas a questões de trânsito, o que não ocorreu. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que haverá apuração caso a caso das ações realizadas.

Em entrevista coletiva, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, defendeu a prorrogação do horário. Segundo ela, não é possível saber se os eleitores chegaram para votar ou não.

Pouco antes, em entrevista coletiva, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rechaçou a possibilidade de ampliar esse prazo porque, segundo ele, os eleitores que pegaram transportes públicos que foram alvos de fiscalização da PRF não deixaram de votar.

“O encerramento oficial acontece às 17h, mas todos aqueles que ainda estiverem na fila após o horário (serão colocados) para dentro [da seção], ou seja, os que ainda estão na fila, votarão”, disse Moraes, na ocasião.

“O diretor da PRF é militante da candidatura de Bolsonaro”, disse Gleisi, referindo-se a Silvinei Vasquez.

(Reportagem de Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI9T0AG-BASEIMAGE