19/11/2025 - 13:39
A obra “Retrato de Elisabeth Lederer”, do artista austríaco Gustav Klimt, se tornou a segunda obra de arte mais cara já vendida em um leilão. O retrato foi arrematado por US$ 236,4 milhões (R$ 1,25 bilhão na cotação atual) nesta terça-feira, 18, em Nova York, nos Estados Unidos.
A Sotheby’s, uma das maiores casas de leilões de arte e bens de luxo do mundo, que coordenou a venda, não revelou a identidade do comprador.
Segundo informações da Agência France Presse (AFP), seis compradores disputaram durante 20 minutos a obra “Retrato de Elisabeth Lederer” (pintada entre 1914 e 1916) – que havia sido avaliada em US$ 150 milhões, que representa a filha do principal mecenas de Klimt em um vestido imperial chinês branco, diante de uma tapeçaria azul de inspiração asiática.
A pintura mais cara já vendida em leilão continua sendo Salvator Mundi , atribuído a Leonardo da Vinci , embora alguns historiadores da arte duvidem que ele seja de fato o autor da obra .
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Mas por que vale tanto?
Assim como este quadro, os grandes retratos de corpo inteiro pintados pelo artista austríaco durante seu período de maior destaque (entre 1912 e 1917) são “extremamente raros”, explicou a Sotheby’s em um comunicado. A maioria integra coleções dos grandes museus e poucos pertencem a colecionadores privados.
Até agora, o recorde em um leilão para uma obra de Klimt era do quadro “Dama com Leque” (1917-1918), vendido por 85,3 milhões de libras (US$ 108,8 milhões, R$ 579 milhões) em Londres em 2023.
A venda recorde acontece em um cenário de queda de 33,5% do produto mundial dos leilões de obras de arte em 2024, a US$ 9,9 bilhões, o menor valor registrado desde 2009, segundo o relatório anual da Artprice publicado em março. A causa, além de um contexto econômico difícil, é a falta de obras de grande valor.
O magnata das obras de arte
A obra leiloada nesta terça fazia parte de uma extensa coleção de arte do bilionário Leonard Lauder, herdeiro do império de cosméticos Estée Lauder, que faleceu em junho deste ano.

Lauder começou a colecionar arte ainda bem novo, comprando cartões postais com a mesada que ganhava dos pais. Sua primeira aquisição significativa foi aos 30 anos: uma colagem do alemão Kurt Schwitters.
Após a morte dele, diversas casas especializadas em obras de arte disputaram seu acervo. Vitória da Sotheby’s.
