17/02/2014 - 9:47
Diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, muitos profissionais ficam preocupados em iniciar o quanto antes um curso de pós-graduação. No entanto, os especialistas garantem que é fundamental apostar primeiro na experiência, pois os cursos de especialização (lato sensu) contam com a contrapartida do aluno. Ou seja, em sala de aula, muitas vezes os participantes discutem casos reais do cotidiano das grandes empresas.
?Mais importante do que ter pressa em cursar uma pós é dominar um segundo idioma?, diz Thalita Doering, gerente da empresa de recrutamento e seleção Page Personal. ?Quando o profissional já tiver uma experiência de três ou quatro anos e um ciclo de maturidade maior, aí sim pode iniciar a pós?, afirma. A vice-presidente da Associação Nacional Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Saad, também aconselha priorizar a experiência. ?A pós é um complemento do que a pessoa não adquiriu na graduação e também uma oportunidade de troca e de networking?, diz.
Segundo ela, quando a pessoa inicia a especialização logo após a graduação não terá condições de discutir experiências práticas nem de levar o que está aprendendo para o trabalho. ?Se a pós escolhida for em administração, economia ou finanças, quando aliada a uma experiência profissional, traz ganho incomparável?, diz. E como é um investimento alto, é mais difícil encarar logo depois da graduação. ?A não ser que seja, por exemplo, um médico ou um engenheiro que precise cursar uma pós para adquirir conhecimento técnico que não será adquirido na prática?, afirma.
Na avaliação de Thalita, antes de assumir uma função mais técnica, é importante já ter uma pós. Se for um analista-sênior ou alguém que vai assumir uma posição gerencial, é recomendado fazer uma pós em gestão, por exemplo. Se for um profissional júnior, uma especialização em marketing, em administração ou técnicas de venda pode ser mais indicada.
As especialistas também chamam a atenção para outro ponto: não deixar uma lacuna muito grande sem atualização. ?Mais de dez anos sem uma especialização ou curso complementar pode dificultar a evolução profissional?, diz Elaine. ?Quem fica muito tempo sem se atualizar fica obsoleto no mercado. O currículo de alguém com experiência e pós-graduação brilha aos olhos dos recrutadores?, afirma Thalita.
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