04/12/2017 - 8:33
O cardiologista Brasil Caiado vem de uma família que tem tradição na política. O avô foi governador, o pai, deputado federal quatro vezes e também prefeito. Mas nunca pleiteou cargo público e diz que nem sequer teve vontade. No entanto, o mundo político continua ao seu redor. O Dr. Brasil Caiado tem na lista de clientes nomes de ex-governadores, senadores e deputados e inúmeras autoridades.
Caiado é o entrevistado de hoje (4) do programa Conversa com Roseann Kennedy, que vai ao ar às 21h30 na TV Brasil.
Sempre discreto e ético, ele foi responsável pelas informações clínicas quando o governador cassado do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda foi preso e ele teve que atendê-lo na prisão da Polícia Federal.
Sobre a proximidade de sua profissão com o mundo político, Brasil Caiado declara: “Eu, particularmente, sempre quis separar a profissão de médico. Do ponto de vista político, eu vejo pessoas, seres humanos. Não deixo muito que essa coisa se misture, mesmo porque são partidos variados, pessoas que às vezes se desentendem, mas que no consultório se entendem com o médico”.
Há 25 anos em Brasília, o cardiologista diz que sempre atendeu personalidades da política. “A gente percebe nitidamente a relação da profissão com o estresse e tem por obrigação tentar ajudar os pacientes a usar caminhos diferentes para tentar, do ponto de vista da atividade física, de regular os horários que não são fáceis, principalmente em anos eleitorais. É uma dificuldade. A gente não encontra ninguém em consultório em ano eleitoral. As vezes, percebemos uma negligência com a saúde para a dedicação à política, tamanha é a demanda de tempo para exercer hoje a política brasileira, não é fácil mesmo não”.
Apaixonado pela profissão, Dr. Brasil Caiado diz que na especialidade da cardiologia, uma das coisas que mais ensina e tenta influenciar as pessoas é a busca pelo equilíbrio. “A vida é feita do equilíbrio. Qualquer coisa que faz você sair do eixo, pode ser o excesso de trabalho, o excesso de alimentação, o próprio excesso de exercício, o organismo não gosta. Não é bom para a saúde”. Diz que para garantir uma boa qualidade de vida, é preciso conjugar a dedicação ao trabalho, à família, ao exercício físico, ao lazer e ter os períodos de férias a cada ano. Só assim é possível envelhecer com saúde.
Mesmo com a longevidade no país e no mundo aumentando a cada dia, Dr. Brasil faz um alerta: “A prevenção ainda é o maior remédio”. Por isso, o cardiologista defende a dieta do mediterrâneo, que é rica em vegetais e peixes, com gorduras poliinsaturadas. “Esse equilíbrio de muito peixe, ômega 3, com saladas, menos gordura, a diferença é significativa do ponto de vista da prevenção.O brasileiro, de forma geral, come mal. A gente tem uma dieta rica em gordura e muito sal. É preciso reeducar esse esquema de divulgação, de reeducação da população. Porque a alimentação está diretamente relacionada com a doença cardíaca”.