Nos últimos 40 anos, a contagem de espermatozoides dos homens em todo o mundo caiu 50% e está reduzindo a um ritmo acelerado, mostra estudo publicado na revista Human Reproduction Update.

O levantamento liderado pelo pesquisador israelense Hagai Levine inclui dados de mais de 57 mil homens coletados em 223 estudos em 53 países. O estudo mostra que a contagem de esperma está caindo a uma taxa de cerca de 1,1% ao ano e o número dobrou desde 2000. De 1972 até o fim do século 20, a taxa anual de queda na contagem de esperma era de 1,62%. A partir da virada dos anos 2000, esse número foi para 2,46% ao ano.

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“A exposição à poluição, plásticos, tabagismo, drogas e medicamentos prescritos, bem como estilo de vida, como obesidade e má alimentação, foram todos sugeridos como fatores contribuintes, embora os efeitos sejam mal compreendidos e mal definidos”, disse Sarah Martins da Silva, especialista em medicina reprodutiva da Universidade de Dundee, na Escócia. As informações são da AFP.

A menor concentração de espermatozoides, de 49 milhões, ainda está bem acima da faixa considerada “normal” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 15 milhões e 200 milhões de espermatozoides por mililitro.

O novo estudo atualiza uma pesquisa de 2017 que considerou homens apenas da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia e que já demonstra queda na concentração de espermatozoides. A nova pesquisa inclui dados da América Central e do Sul, da Ásia e da África. Com o acréscimo de dados de 57 mil homens, a conclusão é a mesma já obtida anteriormente, de que a contagem de espermas está em declínio.